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Festa de Nossa Senhora Aparecida da Babilônia volta após dois anos

Evento deve reunir cerca de 20 mil fiéis depois de dois anos suspenso por conta da pandemia do coronavírus

11/08/2022 23h56 - Atualizado há 2 anos Publicado por: Redação
Festa de Nossa Senhora Aparecida da Babilônia volta após dois anos Divulgação

Depois de dois anos suspensa, começa hoje a Festa de Nossa Senhora Aparecida da Babilônia. O tríduo começa às 19h30 com uma missa celebrada pelo padre Camilo Júnior, da TV Aparecida. No sábado será a vez de Dom Eduardo Malaspina, bispo auxiliar da Diocese de São Carlos comandar a missa. O tríduo se completará no domingo, às 16h, com a missa celebrada pelo padre José Antônio, de Dourado (SP).

Na segunda-feira, Dia de Nossa Senhora Aparecida da Babilônia, as missas começam logo às 3h e prosseguem às 4h30, às 6h, às 7h30, às 9h, às 10h30, às 12h, às 13h30, às 15h, às 16h30 e às 18h. No total serão 11 celebrações seguidas em louvor à Aparecida da Babilônia.

Em 2002, no auge da Pandemia da Covid-19, a festa foi cancelada pela primeira vez em 60 anos.  Para evitar aglomerações, nos últimos dois anos a comemoração feita de forma online. Durante a data religiosa, foram transmitidas por meio do Facebook três missas virtuais, às 7h, às 10h e às 16h.

Para ajudar na manutenção da paróquia, a igreja realiza, durante o dia de seu principal evento anual, uma festa com almoços beneficentes. Além disso, autônomos aproveitam a comemoração e montam barracas e vendem alimentos, recordações e produtos diversos para complementar a suas rendas.Mas, com o cancelamento do evento, a questão econômica foi afetada.

O padre Everton Luchesi, reitor do Santuário Diocesano de Aparecida da Babilônia ressalta que a expectativa do retorno do evento é muito grande. “Esperamos receber entre sexta-feira (12) e segunda-feira (15), cerca de 20 mil pessoas. Os fieis voltarão para a casa da Mãe. O fluxo de pessoas por aqui tem aumentado muito, tantos nas missas dominicais e também durante a semana”, destaca.

Luchesi afirma que haverá, no local, várias atrações para os visitantes, como ampla praça de alimentação, food truck, playground para as crianças e outras. “A família pode vir manifestar sua fé e passar o dia todo na Aparecidinha. Também teremos no local um estacionamento com 50 seguranças e para isso o visitante pagará apenas R$ 5”, explica.

A segurança dos peregrinos e fieis será garantida pela presença de Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal e Polícia Rodoviária.

CAMINHO DA FÉ

O padre Luchesi lembra eu a orientação tanto da organização do evento quanto da Polícia Rodoviária é que os peregrinos, que gostam de ir caminhando até o santuário, que façam o percurso de 11 km pela rota do Caminho da Fé e não às margens da rodovia para evitar acidentes.

HISTÓRIA

De acordo com a tradição, em agosto de 1866, uma imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada intacta sob uma árvore após um grande incêndio na área rural chamada Fazenda Babilônia, localizada no km 136 da Rodovia Doutor Paulo Lauro (SP-215), que liga São Carlos a Descalvado.

Para comemorar o milagre, o Santuário Nossa Senhora Aparecida da Babilônia foi construído no local, recebendo, anualmente, peregrinos da região que caminham mais de 15 km durante a madrugada do dia 15 como forma de agradecimento e fé.

O Santuário de Nossa Senhora Aparecida da Babilônia, é uma pequena igreja rural que guarda a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. A tradição diz que a imagem foi encontrada intacta sob uma árvore após um incêndio destruidor no bairro da Babilônia.

A capela foi construída no local, que hoje recebe romarias e procissões ao longo do ano. O local só existe, porque a população local sempre acreditou que a imagem intacta de Nossa Senhora, encontrada sob uma árvore após um incêndio, foi um sinal divino.

O local onde está o Santuário fez parte de uma sesmaria, com dois mil alqueires de terra, da antiga Fazenda Babilônia, que pertencia ao Coronel José Ferreira de Figueiredo. Naquela fazenda existia uma mata de 10 alqueires que no mês de agosto sofreu com um incêndio no ano de 1866.

Depois que o fogo acabou as pessoas perceberam que sobrou apenas uma única arvore, verdinha, sem nenhum sinal de que o fogo chegou perto dela. Isso chamou a atenção das pessoas locais, que chegando próximo à árvore viram que havia uma imagem de Nossa Senhora da Conceição nos galhos. Todos acreditaram que aquilo era um sinal de Deus e começaram a visitar o local, onde foi construída uma capelinha de pau a pique.

O Coronel, dono das terras, não gostava daquela romaria em sua fazenda e por várias vezes tentou dificultar o acesso das pessoas ao local. Os desentendimentos só terminaram quando a Diocese de São Carlos conseguiu adquirir o local, em 1938, mais de 60 anos após o incêndio ter ocorrido.

A filha do coronel que era o dono das terras, Maria Nazaret Figueiredo Davidofi, disse que sua mãe se interessou pela história e construiu uma capelinha no lugar onde estava a árvore que resistiu ao incêndio. Porém, a imagem de Nossa Senhora, encontrada na árvore após o incêndio não é a mesma que está no Santuário hoje. A imagem original foi quebrada por uma criança e o Bispo da época, Dom Gastão, mandou buscar uma nova imagem em Aparecida do Norte e é essa que está no Santuário.

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