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Fórum discute questão do lixo eletrônico

24/11/2011 08h00 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Fórum discute questão do lixo eletrônico

Aconteceu na tarde desta quarta-feira (23) no auditório Jorge Caron da Escola de Engenharia de São Carlos/USP, o Primeiro Fórum Regional de Desenvolvimento Local, que teve como objetivo promover um encontro entre representantes do setor público, privado e sociedade são-carlense para debater o tema “Lixo Eletrônico – Desafios e Oportunidades”.

De acordo com Liane Biehl Printes, coordenadora especial do Meio Ambiente da UFSCar e uma das palestrantes do fórum, lixo eletrônico pode ser entendido como qualquer artigo eletrônico que não possa mais ser reaproveitado, como computadores, celulares, notebook, câmeras digitais, MP3 player, entre outros. Artigos elétricos de casa, como geladeiras e microondas, também podem ser assim considerados.

Durante as palestras, foram apresentados dados estatísticos preocupantes. No mundo, 50 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos são descartados na natureza por ano. Já no Brasil, estima-se que em 2012 teremos um computador para cada 2 pessoas. Hoje, o mercado brasileiro briga entre a terceira e quarta posição de consumo de computadores no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos e para a China.

Pensando em minimizar este problema foi criado o projeto Reciclatesc (Reciclagem Tecnológica de São Carlos), que propõe a solução através de uma metodologia participativa. Segundo Eduardo H.F.Cunha, mediador da Rede Social São Carlos, o objetivo da iniciativa é promover a inclusão social, digital e ambiental através da recuperação de equipamentos de informática que estariam destinados à sucata. “Muitas vezes,em nossas residências, existem muitos equipamentos de informática, eletroeletrônicos que não têm serventia para nós, mas que podem servir para outras pessoas. Na cidade, são produzidas 16 toneladas de lixo tecnológico por mês. De 30 a 40 instituições já foram beneficiadas com o material que sai do nosso projeto”, afirma.

A palestrante Neuci Bicov, participante do projeto do CEDIR-USP (Centro de Reúso e descarte de Eletroeletrônicos), reiterou a importância da questão ambiental em torno do descarte indevido de resíduos eletrônicos. “O monitor de um computador tem chumbo e fósforo na sua composição e nada disso pode ser jogado na natureza, porque contamina, podendo causar problemas nos lençóis freáticos, chuva ácida. Grande parte do computador é ferro, plástico e tudo isso é facilmente reciclável, só basta encaminhar para o local correto”, alerta.

Para Antonio Lamas Conde, representante da Vertas, empresa especializada em gerenciar resíduos tecnológicos, manufatura reversa e reciclagem de eletroeletrônicos, existem soluções para os problemas trazidos pelo lixo eletrônico. “Nossa preocupação é em recuperar matéria-prima. Todo material que chega aqui, a tentativa inicial é de que ele retorne ao processo produtivo da maneira que a indústria necessite. Quando a gente recupera uma tonelada de cobre, por exemplo, nós deixamos de extrair 4 toneladas de minério da natureza. Então uma vez que nós, seres humanos, aprendemos a consumir e usar os recursos naturais, nada melhor do que usá-los de forma correta e também assim devolvê-los à natureza”, finaliza.

 

Edição Jeferson Vieira

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