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Funcionários da Eapa denunciam falta de pagamento

16/01/2012 14h48 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Funcionários  da Eapa denunciam falta de pagamento

Um grupo de funcionários da Eapa (Associação de Apoio às Pessoas vivendo com HIV/AIDS de São Carlos) denunciou na última sexta-feira a falta de pagamento de salários, 13º e condições de trabalho na ONG, além de assédio moral por parte de membros da direção.

De acordo com os funcionários foram pagos apenas a 1ª parcela do 13º e 80% dos vencimentos de dezembro. Estão em aberto o salário de janeiro e uma das parcelas do 13º, que deveria ser pago até 20 de dezembro. “Nós só recebemos parte do salário de dezembro porque a prefeitura liberou uma verba. Se isso não acontecesse ficaríamos sem ter nada para passar o natal”, afirmaram os funcionários que pediram para não se identificar com medo de represálias.

Além dos problemas relativos aos salários, há também uma denúncia de assédio moral da tesoureira da ONG. “Ela ofende, ameaça demitir, grita com funcionários deixando o ambiente de trabalho insuportável. É muito complicado trabalhar com as agressões verbais que sofremos”, afirmam.

Outro problema relatado é da estrutura física da Eapa, que funciona no bairro do Monte Carlo, paredes com infiltrações, portas quebradas e goteiras por todo o lado. “O telhado está caindo, algumas paredes apontam para infiltrações. É muito complicado tudo isso. Vamos falar e não somos ouvidos”, reclamam os funcionários.

 COMIDA ESTRAGADA – Segundo os funcionários, no último domingo, algumas marmitex que seriam servidas aos pacientes da entidade estavam estragados. “A comida estragou e azedou. Essa marmitex era para os internos da casa”, afirmaram.

 

OUTRO LADO – De acordo com o presidente da ONG que é a mantenedora da Eapa, Benedito Martins, as reclamações dos funcionários não procedem. Já a tesoureira da entidade, que se identificou apenas como Maria Aparecida, afirmou que os funcionários querem criar caso porque há alguns “poucos problemas” no pagamento deles. “Este problemas já estão sendo resolvidos e eles [os funcionários] sabem disso. Houve, sim, o atraso dos pagamentos porque a Prefeitura ainda não nos repassou algumas verbas que tínhamos que receber”, disse Maria Aparecida.

 

Ela alegou ainda que os salários atrasados serão pagos assim que a prefeitura liberar as verbas. Sobre a falta de prestação de contas ao poder público, a tesoureira informou que possui até dia 31 de janeiro para fazê-lo e estará dentro do prazo apresentando as contas ao setor de convênio da Prefeitura.

Sobre a comida estragada, Maria Aparecida disse que uma funcionária relatou que a marmitex que seria servida estaria estragada. “Pedimos a imediata troca para o fornecedor, o que ocorreu, porém a comida não havia azedado como disse a funcionária. Pedimos para congelar para fazer uma avaliação na comida. A empresa forneceu novos marmitex para os nossos pacientes”, explicou.

Maria Aparecida disse que sobre o assédio moral, ou seja, os gritos e a ameaça de demissão, isso nunca ocorreu. “Sempre tratei bem os funcionários. Eu tenho e-mail que comprova o contrário”, alegou. 

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