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Governo de SP aumenta em até 12,84% salários de professores da rede estadual

23/02/2020 00h08 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Governo de SP aumenta em até 12,84% salários de professores da rede estadual Foto: Divulgação

O governador João Doria e o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, anunciaram na última sexta-feira (21) o pagamento de um abono de até 12,84% nos salários dos professores da rede estadual de São Paulo.
Para garantir o benefício, o governo de São Paulo vai investir por ano R$ 590,6 milhões. No total, 260.142 docentes ativos e inativos serão beneficiados. O pagamento será retroativo ao mês de janeiro e estará disponível a partir de março.
“O professor é peça fundamental no processo de aprendizagem. Estamos empenhados em valorizá-lo cada vez mais”, destaca o secretário de educação do Estado de SP, Rossieli Soares.
Com o pagamento do abono salarial, os profissionais passarão a receber uma remuneração que atende ao piso nacional para professores da educação básica estabelecido pela Lei do Piso (Lei nº 11.738/2008).
Os professores da categoria chamada PEB I (lecionam para os alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental) que trabalham 40 horas semanais sairão de uma remuneração mensal de R$ 2.577,74 para R$ 2.886,24, valor do piso salarial.
Já o salário dos docentes da categoria PEB II (atendem alunos dos anos finais do ensino fundamental e ensino médio) saltará de R$ 2.585,01 para os mesmos R$ 2.886,24, previstos por lei.
Reestruturação da carreira
Um plano de reestruturação da carreira docente, apresentado pelo governo de São Paulo em novembro do ano passado, prevê um salário inicial de R$ 3,5 mil para professores que trabalham 40 horas semanais.
O documento estipula ainda que em 2022, um docente com a mesma carga horária terá salário inicial de R$ 4 mil, um aumento de 54,7% em relação ao salário base inicial da carreira.
No topo da carreira, o professor poderá chegar a um salário de R$ 11 mil. Com a reestruturação de carreira proposta, professores com mestrado e doutorado serão valorizados e terão acréscimo salarial de 5% e 10%, respectivamente.
O investimento previsto pela gestão para executar a modernização da carreira ultrapassa R$ 4 bilhões na folha de pagamento até 2022. O programa quer valorizar e formar os professores da rede, além de atrair novos talentos para a carreira. O projeto ainda precisa ser encaminhado à Assembleia Legislativa de São Paulo.
Repercussão
Reajustado em 12,84% para 2020, o piso nacional dos professores trouxe para parte dos governadores e prefeitos uma despesa de pessoal adicional não esperada. Para fixar o percentual, o Ministério da Educação (MEC) calcula o crescimento do valor mínimo de investimento por aluno de dois anos anteriores. Neste caso, de 2018 e 2019. Estes valores, no entanto, podem ser revistos antes do reajuste final, usualmente definido no mês de janeiro.
Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) é um problema que irá acontecer de tempos em tempos por causa da fórmula de aumento do piso do magistério, e esse aumento vai ganhar contornos mais políticos por causa das eleições municipais. Fica a pergunta, os municípios irão cumprir a lei do piso ou da responsabilidade fiscal? Porque os municípios tendem a ser os mais prejudicados.
Nós perguntamos a dirigente Regional de Ensino de São Carlos, Debora Gonzales Costa Blanco, e ao conselheiro estadual do Sindicato dos Professores e Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), Ronaldo Motta, Qual a sua opinião sobre essa recomposição e a disposição do governo em melhorar os salários dos professores?
A dirigente Debora respondeu que esse aumento é uma boa notícia para os professores. “Sem dúvida é uma boa notícia, o Governo de São Paulo garante que nenhum professor receba menos que o piso salarial nacional. É um grande investimento São mais de 590 milhões por ano. e esse pagamento será retroativo a janeiro e disponível a partir de março. È o Governo de São Paulo valorizando os nossos professores”, ressaltou.
Já o conselheiro da APEOESP, Ronaldo Mota, afirmou em nota que o cinismo do governo Dória não tem limites, o reajuste anunciado é fake. Segundo a nota, não há reajuste e sim uma gratificação para as faixas salariais que estão fora do valor do piso salarial nacional. Desta forma repete um ato ilegal promovido por Alckmin, ao complementar o salário com gratificação, destrói a estrutura de carreira e constitui o piso por uma forma que não é salário, proibido pela lei. A nota conclui que o governo mente e os professores querem a valorização dos salários.

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