HU-UFSCar está preparado para receber pacientes suspeitos de coronavírus
Segundo a superintendente Ângela Leal, o prédio não tem área física para a montagem de um Hospital de Campanha
A rede de saúde pública e privada do município de São Carlos tem dois hospitais públicos e um privado, e devido a pandemia do coronavírus já estão preparados para receber os pacientes com suspeitas da doença, quando a crise chegar no ápice da curva de casos confirmados no município.
Mas, para saber a quantidade de leitos que os hospitais necessitam durante a pandemia, é necessário realizar testes de coronavírus nos são-carlenses com síndrome gripal. Por isso, ontem a Prefeitura de São Carlos divulgou que irá comprar 10 mil testes rápidos para Covid-19, com o objetivo de mapear e medir a intensidade da doença.
A nossa reportagem conversou com a superintendente do Hospital Universitário Prof. Dr. Horácio Carlos Panepucci, da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar), professora Ângela Merice de Oliveira Leal, para saber se a rede Ebserh irá encaminhar testes para Covid-19, entre outros assuntos.
Ela disse que o HU-UFSCar não realiza os testes. “Nós apenas colhemos o material e a vigilância epidemiológica municipal encaminha para o laboratório”, afirmou.
Com relação a quantidade de leitos disponíveis para os pacientes de coronavírus, a superintendente Ângela afirmou que neste momento é difícil prever a quantidade necessária de leitos para esses pacientes. “Tendo em vista que é uma situação nova e temos atualizações diárias do Covid-19, ainda não é possível fazer uma previsão sobre quantos leitos serão necessários. Entretanto, todas as medidas estão sendo tomadas para atuar no combate à doença”, ressaltou
De acordo com ela, HU-UFSCar possui de 23 a 44 leitos disponíveis para os casos de coronavírus, só que esse número depende do número de pacientes por quarto e do quadro clínico desses pacientes. Com as obras da nossa UTI, que ainda estão em andamento, aqueles casos que necessitam de UTI estão sendo encaminhados aos hospitais de referência.
No caso do HU-UFSCar abrigar um Hospital de Campanha, foi enfática na resposta. “O hospital não possui uma área física disponível para essa finalidade”.
Outro ponto crítico enfrentado pelos hospitais, atualmente, são a falta de EPIs e respiradores. Neste caso, a superintendente Ângela relatou que o hospital universitário tem 16 respiradores instalados e em operação nas salas de emergência e nos leitos de retaguarda, para serem utilizados em pacientes graves da Covid-19.
Segundo ela a previsão de compra de respiradores, bem como os EPIs, pela Ebserh está em processo de compra, para depois serem distribuídos na rede.
Ao final da entrevista, a superintendente Ângela comentou sobre os recursos de custeio e compra de equipamentos no atendimento aos pacientes da Covid-19. “A Ebserh tem monitorado constantemente a situação de equipamentos, medicamentos e a demanda de atendimento nos hospitais da rede. Visando dá o suporte necessário e aquisições para o combate à doença, a rede conta com uma verba específica para combate ao Covid-19, que será utilizada a depender do aumento da demanda e da necessidade, tanto em equipamentos quanto em medicamentos”, finalizou.