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Insenção de IPI de móveis deve aquecer vendas

29/03/2012 17h02 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Insenção de IPI de móveis deve aquecer vendas

O anúncio do ministro da Fazenda, Guido Mantega, feito na última segunda-feira (26), de que o governo resolveu estender a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) da linha branca, que terminaria em março, até 30 de junho, deve impulsionar as vendas do setor. Além disso, o benefício também foi concedido para outros setores da indústria. O IPI do papel de parede vai cair de 20% para 10%. Luminárias e lustres de 15% para 5%. Laminados de 15% para zero e em toda a linha de móveis, de 5% para zero.

Com a medida, o governo estima deixar de arrecadar quase R$500 milhões, ao contrário do que acontecerá com as lojas especializadas na venda deste tipo de produtos. De acordo com Rafael Carlos Sitolin, coordenador de serviços da loja Colombo, a expectativa é de que as vendas de móveis tenham aumento considerável, já que como a tendência é de que os preços sejam reduzidos, ficará mais acessível para o consumidor adquirir o produto. “Ainda não dá para prever o porcentual de aumento, mas com certeza a medida vai impulsionar as vendas. A prorrogação do IPI reduzido para a linha branca também deve manter o comércio aquecido. Além disso, as facilidades no pagamento, que pode ser feito em até 10 vezes sem acréscimo, facilita a compra, estimula o consumo e, consequentemente, fortalece a economia local”, afirma.

Na análise do administrador especializado em gestão pública e finanças e economista, Jônatas Rodrigues da Silva, a medida é uma tentativa do governo em tentar, de todas as maneiras, manter aquecido o mercado interno para elevar o crescimento do PIB. “O aumento significativo da venda de imóveis com o programa Minha Casa, Minha Vida incentivou a procura por móveis. Com a redução do IPI espera-se uma redução no preço final ao consumidor de até 10%. Minha dúvida é se não teremos uma inflação de demanda, as lojas terão condições de produzir o suficiente?”, questiona.

Segundo ele, visto que o governo também estendeu o prazo da redução do IPI da linha branca por mais três meses, as pessoas continuarão gastando. “Como as vendas são sempre a prazo, e em grandes períodos, teremos que analisar quantos irão comprar por impulso e não terão condição de quitar as parcelas lá na frente. Por isso, penso que a inadimplência deverá aumentar daqui um ano mais ou menos”, ressalta Silva.

Para o economista, o governo precisa promover uma reforma tributária séria e definitiva e não somente adotar medidas paliativas. “Também é preciso educar financeiramente o consumidor, pois ele precisa aprender a consumir de maneira responsável e não de forma impulsiva, deixados levar pelo apelo da propaganda e das boas condições de pagamento”, alerta.

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