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Internações por síndrome respiratória aumentam 10 vezes

01/07/2020 06h05 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Internações por síndrome respiratória aumentam 10 vezes Foto: Divulgação

De janeiro a junho, 556 pessoas foram hospitalizadas com síndrome respiratória aguda grave, contra 52 em 2019

O número de internações de pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no primeiro semestre de 2020 já supera o registrado no mesmo período do ano passado, em São Carlos.

De janeiro deste ano a 29 de junho, 556 pessoas com sintomas por SRAG precisaram ser hospitalizadas nas redes: pública e privada de saúde, contra 52 em 2019, um aumento de 10x no número de internações, que equivale num crescimento de 970%. O número supera o total de pacientes diagnosticados com o novo coronavírus (Covid-19), que são 509 na cidade até a última segunda-feira (29).

Segundo a infectologista e coordenadora do Serviço de Controle de Infecção relacionada à Assistência em Saúde (SCIRAS) da Santa Casa, Dra. Carolina Toniolo Zenatti, esse aumento se deve a 2 fatores. “Com a pandemia da Covid-19, o número de casos naturalmente aumentou. Além disso, houve mudanças nos critérios para identificar os casos de SRAG, incluindo mais sintomas para um paciente ser considerado suspeito, como, por exemplo, obstrução nasal, no caso das crianças e irritabilidade e sonolência, no caso dos idosos.

A Santa Casa de São Carlos de janeiro a junho de 2019 realizou 31 internações por SRAG. Neste ano no mesmo período o hospital já realizou 316 internações por SRAG.

O Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar) informa que, de acordo com o Código Internacional de Doenças (CID) há diversas patologias consideradas respiratórias e cada uma delas é classificada por um código específico, sendo a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) uma delas.

A Vigilância Epidemiológica determinou que toda SRAG deve ser de notificação compulsória pelos serviços de saúde. Segundo Valéria Gabassa, gerente de Atenção à Saúde do HU-UFSCar: “anteriormente, as notificações de SRAG eram feitas somente para os casos graves com suspeita de Influenza. Porém, em 2020, os casos graves suspeitos da Covid-19 também foram incluídas, ou seja, tanto os casos de Influenza, quanto os da Covid-19 são notificados hoje como SRAG. Vale lembrar que toda SRAG significa que o paciente foi internado em hospital.”

De janeiro a junho de 2019 o HU-UFSCar realizou 20 internações por SRAG. Em 2020 o hospital já realizou 202 internações por SRAG até o dia 25 de junho, ou seja, 10 vezes maior do que o número de internações do ano passado pelo mesmo motivo.

Segundo a médica infectologista do hospital, Bárbara Martins Lima, desde o mês de março de 2020, para todos os casos de SRAG foram coletados testes para Covid-19 e em alguns deles para influenza também. Destes, 28 foram positivos para Covid-19.

Rede privada de saúde

A Unimed São Carlos informa que entre 1 de janeiro a 22 de junho de 2019, o Hospital da Unimed São Carlos registrou 1 internação de paciente com SRAG. Já no mesmo período de 2020, foram 38 internações.

Óbitos por síndrome respiratória grave aguda (SRAG)

São Carlos já teve 7 mortes por SRAG no período de janeiro a junho e no mesmo período do ano passado não teve óbitos registrado nos cartórios da cidade. A informação é da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil), conforme o Portal de Transparência do Registro Civil.

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