Ipem busca irregularidades em material escolar
A fiscalização de pelo menos dez itens da lista de material escolar acontece até hoje (17) na regional do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem),em São Carlos. Doslotes que entraram em analise estão papel crepom, cola e tintas (guache, nanquim, acrílica). Outros produtos que compõem as listas escolares estão sendo fiscalizados nas sete outras unidades do Instituto no Estado.
Do lote de 20 produtos analisadosem São Carlos, dez foram aprovados na primeira rodada, analisada pelo Ipem. Hoje outro lote com dez itens será fiscalizado. O resultado geral da “Operação Volta às Aulas” será divulgado pela instituição em todo o Estado.
A operação tem o objetivo de intensificar a fiscalização de produtos bastante consumidos nesta época do ano, relata o regente regional da instituiçãoem São Carlos, Ricardo Leite. “O Ipem, além das fiscalizações de rotina, principalmente com produtos alimentícios que compõem a cesta básica do trabalhador, analisa produtos que estão em evidência na rotina do consumidor”, afirmou.
Na próxima semana entram no quadro de fiscalização do Ipem os produtos que são muito consumidos no verão como repelente de insetos e filtro solar, por exemplo.
Coletados em estabelecimentos de pequeno, médio e grande portes, além de lojas especializadas e fabricantes, produtos como papéis sulfite, canson e vegetal, cadernos, purpurina, glitter, colas, tintas, papéis e plásticos para encapar, dentre outros itens, serão examinados simultaneamente nos laboratórios do Ipem-SP.
De acordo com Ricardo Leite, além do peso e medida, a equipe de fiscais busca verificar se a embalagem está dentro do padrão estabelecido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).
Em caso de irregularidade, a empresa autuada tem dez dias para apresentar defesa ao Ipem-SP. A multa varia de R$100 aR$ 1,5 milhão, dobrando na reincidência.
CONSUMO – O preço do material escolar foi vistoriado pelo Procon-SP que acusa que há variações até 258,49%, segundo uma pesquisa realizada ente 19 e 21 de dezembro de2011. A pesquisa envolveu dez lojas, distribuídas pelas cinco regiões de São Paulo. São Carlos não foi contemplada na pesquisa. Campinas é a cidade mais próxima pesquisada.
Foram considerados preços de 143 itens, sendo que 39 tiveram variação de preço abaixo de 50%, 84 tiveram diferença entre 50% e 100%, e 20 acima de 100%. O principal vilão do resultado foi o apontador com depósito para lascas, mas os fiscais também constataram diferenças de preços exorbitantes entre lápis, caneta esferográfica, borracha, cola, régua, entre outros.