Itirapina: Merenda diferenciada será servida para estudantes com doenças crônicas
A Câmara Municipal de Itirapina aprovou na última sessão ordinária um projeto de lei, de autoria das vereadoras Cristina Gomes (PMDB), a Loira, e Geni Porcel (PSDB), para que os estudantes com doenças crônicas da Rede Municipal de Ensino passem a ter uma merenda diferenciada.
De acordo com o documento aprovado, o Poder Executivo fica obrigado a fornecer merenda diferenciada para estudantes matriculados na Rede Pública Municipal de Ensino, clinicamente considerados diabéticos, hiperglicêmicos e celíacos, pessoas com intolerância permanente ao glúten. “A condição de diabético, hiperglicêmico e celíaco, deverá ser informada pelos pais ou responsável do aluno, acompanhada do laudo médico, quando da matrícula na instituição de ensino ou a partir do momento do conhecimento da doença”, observaram as vereadoras.
A merenda especial deverá ser supervisionada e orientada por médicos e nutricionistas do município de Itirapina e o aluno que atingir 20% de faltas injustificadas durante o ano letivo perderá o direito ao benefício. “A responsabilidade técnica pela alimentação escolar cabe ao nutricionista responsável, compreendendo o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura e os hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar”, destacaram as vereadoras.
As vereadoras lembram que para algumas crianças a merenda escolar é a principal refeição do dia. “A merenda escolar servida é uma das principais refeições do dia e é dever do Poder Público disponibilizar uma alimentação saudável, de acordo com as condições e no zelo da saúde dos estudantes”, ressaltaram.
No mundo, a obesidade e o diabetes estão em crescimento, principalmente com a padronização de hábitos que estimulam o consumo de frituras, gorduras saturadas, bebidas e alimentos industrializados, entre outros. “Nos dias atuais, a taxa de obesidade vem atingindo índices alarmantes na sociedade e, por consequência, os municípios tem elevados gastos com a internação de pacientes com doenças ligadas à ela, como diabetes, hipertensão e outros. Uma alimentação adequada evita que a doença se agrave, o que poupa nossas crianças de se tornarem adultos com quadro grave da doença e faz com que o município gaste menos recursos em tratamento hospitalar”, explicaram no projeto.
Para finalizar, o projeto de lei aponta que para os celíacos, a alimentação tem que ser totalmente isenta do glúten, pois sua presença no organismo causará uma resposta imune que destruirá as paredes do intestino delgado.