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Jovens conectados 24 horas com o celular

19/05/2012 10h57 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Jovens conectados 24 horas com o celular

A estudante Natacha Tiengo, 17, ganhou seu primeiro celular quando tinha apenas dez anos de idade e revela que sempre teve o costume de usá-lo. Porém, hoje em dia, esse uso é maior por causa do namoro à distância com José Augusto Souto, 21, que mora em Goiás enquanto Natacha mora em São Carlos. “Quando não estava namorando usava menos, mas sempre usei celular”, diz Natacha. O namorado afirma que o celular “aproxima apesar da distância. É o único meio de ficarmos perto”.

Esses dois jovens são exemplos de muitos outros e fazem parte da geração Y. De acordo com a psicóloga Ana Carina Stelko-Pereira, doutoranda do Laboratório de Análise e Prevenção da Violência da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), muito se diz que esses jovens são exigentes, querem atuar no mundo e interagir numa amplitude global, que transpassa a região onde vivem. “Talvez não se trate de dizer que são egoístas, mas que tenham que conciliar valores pessoais, como respeito ao meio ambiente, a ganhos concretos, como um bom emprego e alta remuneração”.

A rotina dessa geração é manter-se conectado com o celular. “Acordo ela, na hora do almoço e a noite nos falamos novamente. Às vezes, ficamos no telefone das 20h às 2h”, conta Souto.

Mas é importante lembrar que “muitas vezes o excesso no uso das tecnologias é uma muleta alternativa pouco efetiva para lidar com dificuldades psicológicas, habilidades sociais deficitárias, que mereceriam auxílio psicológico para serem superadas efetivamente”, ressalta Ana Carina.

Natacha diz que faz as refeições, almoço e jantar, falando com o namorado ao telefone como forma de companhia. Enquanto que Souto usa o celular nos intervalos da academia. “Meus amigos, às vezes, pegam o celular da minha mão. Até na academia, no intervalo dos exercícios eu ficava trocando SMS. No trabalho é o lugar que menos uso o celular”.

Segundo Ana Carina, aspectos de socialização devem ser levados em conta, além dos aspectos físicos. “O indivíduo deve se avaliar e se sentir que o mundo virtual está muito mais atrativo do que o seu mundo real, deve buscar ajuda psicológica, de parentes e amigos”.

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