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Máquina de escrever ainda é utilizada

31/03/2012 14h50 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Máquina de escrever ainda é utilizada

 

 

“Não nos desfazemos, pois ainda é muito útil”, diz Cláudio Fonseca que trabalha em um despachante próximo da avenida São Carlos, quando indagado sobre o uso das antigas máquinas de escrever. Ao entrar no despachante, têm-se computadores, porém existem ainda duas máquinas de escrever. “Usamos para fazer capa de projeto, quando não está cadastrado no computador. E também para complementar alguma declaração”, afirma.

A invenção desse dispositivo de escrita no Brasil foi criada pelo padre Francisco João de Azevedo, no século XIX. E mesmo na era digital os são-carlenses ainda usam a máquina por motivos diversos. “Quando vim fazer faculdade em São Carlos, eu conheci a Feira da Sucata e da Barganha. Então fui procurar uma máquina de escrever”, diz Gabriela Gonzales Mezzacappa, psicóloga.

Ela encontrou uma velha e gasta Olivetti e a levou para casa. “O problema é que ela precisa de manutenção e aqui em São Carlos não consegui encontrar o serviço”, lamenta.

Gabriela foi procurar por uma máquina para relembrar as poesias que seu avô escrevia. “Meu avô sempre me mostrava os poemas dele, datilografados com as letras quadradinhas da máquina de escrever. O que, pensando agora, era muito mais gostoso de ler do que os poemas impressos com as fontes de computador”.

 

Outras pessoas preferem a máquina para se afastar da tecnologia do computador. “Gosto de me sentir como se estivesse um pouco longe da tecnologia de hoje. A máquina traz um “ritual” de escrita que o computador não tem que é o manual”, diz Luana Opperman, estudante universitária.

A nostalgia reside no fato de tirar e colocar a folha, ajeitá-la sobre a máquina, e às vezes colocar o dedo na tinta para arrumar a fita, ouvindo os barulhos das teclas. “É mais trabalhoso, mas tem mais graça”, ressalta.

 

 

Luana utiliza sua máquina datilográfica com frequência para escrever peças teatrais e para uso pessoal também. “A princípio eu só escrevia meus textos de teatro, mas hoje em dia uso para textos intimistas. A própria máquina de escrever faz com que meus textos fluam mais e fiquem mais criativos”.


 

Primeiro curso de datilografia – De acordo com a assessoria de imprensa do Senac São Carlos, que há mais de 60 anos atua no município, o curso de datilografia foi um de seus primeiros oferecidos na cidade. O curso foi considerado “carro-chefe” da unidade. Mas é importante ressaltar que este curso não é mais oferecido pelo Senac. O Senac São Carlos oferece cursos na área de Iniciação em Informática, Aplicativos Avançados e Internet, entre outros.

 

 

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