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Médico do HU-UFSCar confirma aumento de pacientes com COVID-19

“Nos primeiros quinze dias de janeiro de 2021 temos uma média de ocupação de 80 a 100%”, diz Hugo Tadeu Amaral

17/01/2021 16h18 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
Médico do HU-UFSCar confirma aumento de pacientes com COVID-19 Fotos: Assessoria de Imprensa / HU-UFSCar e Divulgação

O Médico e Chefe da Divisão de Gestão do Cuidado Substituto do Hospital Universitário (HU) da UFSCar, Hugo Tadeu Amaral, afirmou que a ocupação da UTI do HU aumentou em 2021 comparado aos 15 primeiros dias de dezembro de 2020.

“No início do mês de dezembro de 2020 tínhamos uma média de taxa de ocupação que variou de 60 a 80%. Nos primeiros quinze dias de janeiro de 2021 temos uma média de ocupação de 80 a 100%.”.

O Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência em Saúde (SCIRAS) da Santa Casa reforça que a taxa de mortalidade voltou a subir nas duas últimas semanas. Até quarta-feira, 13, já havia o registro de três falecimentos.

O órgão da Santa Casa comparou os períodos: de 14 a 20 de dezembro, o município não registrou nenhum óbito. De 21 a 27 de dezembro, 5 mortes foram registradas. De 28 de dezembro de 2020 a 3 de janeiro, duas mortes foram registradas. De 4 a 10 de janeiro o número de óbitos voltou a aumentar e foram registradas três mortes.

O médico do HU afirmou que os pacientes que têm indicação de terapia intensiva estão dentro do diagnóstico de COVID-19. Os pacientes internados na unidade de terapia intensiva são pacientes diagnosticados com COVID-19 ou são pacientes com alta suspeita diagnóstica que aguardam o resultado do exame de PCR.

A ocupação dos leitos de UTI da Santa Casa aumentou no mesmo período. De 14 a 20 de dezembro, a média da taxa de ocupação foi de 43%. Subiu para 51% entre 21 e 27 de dezembro. Diminuiu para 39% entre 28 de dezembro de 2020 e 3 de janeiro. E de 4 a 10 de janeiro, voltou a subir, ficando em 52%. Até quarta-feira, 13, a taxa de ocupação estava em 57%.

Sobre a procura por atendimento de pacientes com suspeita de COVID-19, em São Carlos, comparando os 15 primeiros dias de dezembro, o médico do HU afirmou que tem se observado desde o início de janeiro um aumento em toda a rede de saúde do município de São Carlos, incluindo o HU.

“O HU atende pacientes referenciados, ou seja, que já passaram por atendimento em alguma USF, UBS ou UPA. Os pacientes referenciados ao hospital são pacientes com alterações clínicas ou problemas de saúde, portanto, de maior risco para evoluírem com complicações e gravidade”.

Segundo ele, estes pacientes são encaminhados para coleta de exames laboratoriais, realização de exames complementares como tomografia computadorizada e internação hospitalar. “Observamos desde o início do mês de janeiro um aumento no número de pacientes encaminhados ao HU-UFSCar bem como um aumento no número de internações hospitalares. Também observamos que esses pacientes referenciados apresentam maior gravidade com consequente maior necessidade de internação em leitos de enfermaria e em leitos de terapia intensiva”.

ALTERNATIVA

Amaral lembra que o SUS é organizado em redes de saúde. A cidade de São Carlos e seu sistema de saúde fazem parte do Departamento Regional de Saúde de Araraquara (DRS III). O HU-UFSCar possui 10 leitos de terapia intensiva adulto exclusivas para COVID-19 credenciados e a Santa Casa de São Carlos possui 20 leitos credenciados. Em um primeiro momento, caso exista superlotação dos leitos do HU-UFSCar, os pacientes serão encaminhados para a Santa de São Carlos. Ocorrendo superlotação da Santa Casa de São Carlos, os pacientes serão encaminhados para a próxima referência dentro da rede de saúde da DRS III que é o Hospital de Campanha de Araraquara.

VACINAÇÃO

O Primeira Página perguntou, na avaliação do médico, qual o impacto da vacinação específica para os profissionais de saúde e idosos acima de 60 anos no combate à pandemia.

Para Amaral, os profissionais de saúde estão expostos a um maior risco e a vacinação deste grupo populacional possibilitará uma redução na chance de contraírem COVID-19 e, se contraírem, terão formas mais brandas da doença.

“Assim teremos menos afastamentos desses profissionais por conta da COVID-19, mantendo as equipes de saúde mais completas e disponíveis para atendimento. Os idosos também serão mais protegidos com redução na chance de contraírem COVID-19 e, se contraírem, terão formas mais brandas da doença. É importante iniciar a vacinação nesta faixa etária porque apresentam a maior taxa de letalidade para COVID-19. Com a vacinação adoecerão menos e com menor gravidade”.

PANORAMA

São Carlos se mantém na fase amarela do plano de contingência estadual

O registro da 85ª morte por conta do COVID-19 em São Carlos (SP) não modificou o status no Plano Plano SP, criado a partir da atuação coordenada do Estado com municípios, setores produtivos e a sociedade civil, com o objetivo de implementar ações estratégicas de enfrentamento à pandemia do coronavírus no estado.

A cidade mantém-se na fase amarela, na qual shoppings centers (com proibição de abertura das praças de alimentação), comércio de rua e serviços em geral podem funcionar com capacidade a limitada 40%, horário reduzido para seis horas seguidas e adoção dos protocolos padrão e setoriais específicos. Adiciona-se à lista salões e barbearias, além de bares e restaurantes que estarão liberados apenas para atendimento ao ar livre. Academias e eventos que gerem aglomeração continuam com abertura suspensa.

A Vigilância Epidemiológica de São Carlos confirmou na sexta-feira, 15, mais uma morte por COVID-19 no município, totalizando neste momento 83 mortes. Trata-se de um homem de 85 anos, internado desde 15 de dezembro em hospital público com resultado positivo para COVID-19.

São Carlos contabilizou até sexta-feira, 7.094 casos positivos para COVID-19 com 83 óbitos confirmados, 1 suspeito e 105 descartados. O óbito suspeito é de uma mulher de 95 anos, internada em 14/01/2021 em hospital público e óbito no mesmo dia. A Vigilância Epidemiológica aguarda o resultado do exame. Já o óbito descartado é de um homem de 70 anos, internado em 12/01/2021 em hospital público, porém com resultado negativo para COVID-19.

Dos 7.094 casos positivos, 6.663 pessoas apresentaram síndrome gripal e não foram internadas, 4 óbitos sem internação, 427 pessoas precisaram de internação devido a COVID-19, 323 receberam alta hospitalar e 79 positivos internados foram a óbito. 6.595 pessoas já se recuperaram totalmente da doença. 22.209 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus com 200 resultados negativos até sexta-feira.

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