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Moeda social visa impulsionar economia de bairros periféricos

27/03/2012 10h04 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Moeda social visa impulsionar economia de bairros periféricos

Desde junho de 2011, moradores do Jardim Gonzaga, Pacaembu, Monte Carlo, Cruzeiro do Sul, Vila Madre Cabrini e Conceição buscam sensibilizar a comunidade, através de reuniões e cursos de formação em Banco Comunitário e Economia Solidária, a fim de impulsionar a economia nestes bairros. A partir disso, foi pensada a criação do Banco Comunitário Nascente, que ofecerá à população local fundo de crédito solidário e moeda social circulante.

Contando com a parceria e fomento do Núclo Multidisciplinar Integrado de Estudos, Formação e Intervenção em Economia Solidária (Numi-EcoSol – antiga Incubadora Regional de Cooperativas Populares da Universidade Federal de São Carlos – INCOOP/ Ufscar) e com o Núcleo de Economia Solidária (NESOL) da USP, o banco ainda está em formação e a previsão é de que seja inaugurado nos próximos meses. A iniciativa visa desenvolver a economia desses bairros a partir da circulação de uma moeda social – que se chamará VIDA – e da viabilização de microcrédito a pequenos estabelecimentos e empreendimentos da Economia Solidária.

De acordo com Mariana Machitte, coordenadora executiva do Numi-EcoSol, diversas atividades vêm sendo desenvolvidas nos bairros com o intuito de arrecadar fundos e ampliar a capacidade de empréstimo aos moradores. “Desde 2007 a incubadora alterou sua estratégia de atuação (que antes era incubar empreendimentos isolados) para fomentar o desenvolvimento territorial por meio da Economia Solidária. Sua atuação no Jardim Gonzaga e entorno fomentou a criação de alguns Empreendimentos Econômicos Solidários, a colaboração na criação do Banco Comunitário e Clubes de Trocas”, explica.

No mês de abril, o Banco Nascente realizará um festival de prêmios para arrecadar fundos. Machitte ressalta que somente os moradores desses bairros são quem poderão obter créditos no banco. “É uma tentativa de aumentar os níveis de qualidade de vida e bem-estar dessa comunidade em seus vários aspectos, tanto econômico quanto social, ambiental e cultural”, conclui.

BANCOS COMUNITÁRIOS – Surgidos em 1998 no Brasil a partir da criação do Banco Palmas, em Fortaleza/CE, além de disponibilizar recursos monetários a pessoas não atendidas pelo sistema financeiro convencional, os bancos comunitários têm o intuito de, através do fortalecimento da produção e do consumo local, potencializar a integração social e as relações comunitárias. Geralmente o projeto oferece apoio às economias populares de territórios com baixo desenvolvimento socioeconômico.

São Carlos conta com o apoio para formar dois bancos comunitários, o Banco Nascente nos bairros mencionados e um segundo em Santa Eudóxia.

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Gleise
Gleise
12 anos atrás

Estou torcendo para que essa iniciativa dê certo como o Palmas. Quando os empreendimentos isolados estavam tentando se estabelecer muitos tentaram atrapalhar o máximo que conseguiram, quero ver agora se eles terão coragem de mexer com a comunidade inteira.

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