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Mulheres nas diversas profissões

08/03/2012 09h28 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Mulheres nas diversas profissões

As mulheres já são 43,7% da população economicamente ativa do Brasil, mas ainda ocupam majoritariamente empregos ligados a áreas tradicionais, como educação e enfermagem, segmentos fortemente identificados com características culturalmente tidas como “femininas”, de mães e cuidadoras.

Nos últimos 30 anos, elas conquistaram espaço em diversas profissões até então tidas como masculinas. A afirmação consta na pesquisa do Instituto de Sociologia e Pesquisa (Inspe). Alguns exemplos chamam a atenção. Em 1978, advogadas e médicas eram apenas 18% entre o total de profissionais da área. Atualmente passaram a ser, respectivamente, 45% e 44%.

Há 30 anos, ser economista era uma atividade para poucas mulheres, 19%, mas agora elas já atingem a casa de 37%. E as dentistas já são maioria, 57%, mais que o dobro de 1978, quando eram 23%. Sem contar as corretoras de seguro, 10% há três décadas e 40% agora, e gerentes e administradoras, que eram 17% e agora são 36%.

Interessante notar que, mesmo em alguns casos tendo o percentual de participação dobrado, as mulheres continuam sub-representadas em algumas profissões. Podemos citar os exemplos de policiais e detetives, eram 2% em 1978 e hoje corresponde a cerca 13%; engenheiras, antes 5% e agora 11%; motoristas, que passou de 0,2% para 1,4%; e mecânicas de automóveis, antes 0,3% e agora 0,5%.

Outra informação curiosa é que as mulheres estão ocupando profissões tradicionalmente masculinas, mas o contrário não aconteceu com a mesma intensidade. Profissões como enfermagem, atendentes de creches e operadoras de máquina de costura ainda empregam 90% ou mais de força de trabalho feminina e os homens continuam ampla minoria. Entre os fatores que podem explicar este fato está o machismo.

A professora de sociologia, Cleide Silvana Buarque, disse ao Primeira Página que este fenômeno é irreversível e cada vez mais as mulheres estarão ocupando o espaço dos homens. “A mulher buscou e conquistou o seu espaço. Hoje mulheres possuem maior tempo de escolaridade do que os homens e pelo que observamos será uma movimento contínuo”, explica Cleide.

SALÁRIOS – As diferenças salariais também continuam, segundo o estudo do Instituto de Sociologia e Pesquisa (Inspe), embora tenham caído à metade nos últimos 30 anos. Em 1978, elas ganhavam em média 33% dos salários masculinos e, em 2007, este percentual era de 16% na ocupação de um mesmo cargo. Os menores salários têm relação com a discriminação às trabalhadoras;

Para professora Cleide Silvana Buarque, o que faz a diferença é o maior nível de escolaridade feminina em relação aos níveis dos homens no mesmo cargo, porque, normalmente, o simples fato de ser mulher já garante um salário menor que o colega de trabalho na mesma função.

A escolaridade maior também tem relação direta com a inserção em áreas consideradas masculinas, como a Engenharia, o que as deixa mais preparadas para um processo de seleção em profissões menos “tradicionais”.

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