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Número de acidentes no trânsito cai em São Carlos

09/02/2013 13h44 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Número de acidentes no trânsito cai em São Carlos

Segundo os dados estatísticos da Polícia Militar, São Carlos registrou uma queda pequena no número de acidentes com vítimas no trânsito em comparação a 2011 e 2012. Porém a imprudência dos condutores continua alta.

 

Acidentes envolvendo automóveis permaneceram em primeiro lugar, seguidos por acidentes com motos. Em 2011 foram registrados 1.000 casos de acidentes com vítimas envolvendo carro; em 2012 caíram para 983.

Já acidentes com vítimas envolvendo motos foram registrados 839 casos em 2011 e em 2012, 821 registros.

Mesmo com os números apresentando um índice menor de acidentes com vitimas de motocicletas, a professora do Departamento de Fisioterapia, Stella Márcia Mattiello, diz que o maior número de pacientes atendidos pela Unidade de Saúde Escola (USE) é de motociclistas e na maioria dos casos, são os mais complexos.

De acordo com o especialista de trânsito e ex-professor do Departamento de Transporte da USP, José Bernardo Felex, para reduzir acidentes é fundamental investir na melhoria da formação do condutor e dos demais elementos que integram o trânsito, com educação e conscientização coletiva garantindo a conduta correta dos motoristas e maior controle na condução dos veículos, pois a maioria dos acidentes de trânsito ocorre por falha humana.

“Educação coletiva deve ser aplicada na sociedade para efeito que a segurança do trânsito seja humanizada e cordial, pois há uma cultura formada trânsito de individualidade e desrespeito pelo próximo”, comenta Felex.

Uma das alternativas de melhoria está nas campanhas educativas e contínuas que podem investir na mudança de cultura. Em uma segunda etapa deve-se investir na relação do poder público com a segurança do trânsito que também se estende a relação com o motorista.

“Precisa haver a correlação de fiscalização que gere educação e a punição efetiva ao mau condutor”, explica o especialista.

Há uma falha no uso dos recursos públicos que investem na organização e segurança do trânsito.

Como proposta de melhoria, Felex propõe que a administração pública investisse em setores de auditoria e ouvidoria, assim como ocorre nas grandes empresas, para que usuários do serviço possam dizer o que há de positivo e negativo no trânsito para otimizar as ações de segurança e conduta de todos.

O setor da saúde é dos mais atingidos com as ocorrências de acidentes no trânsito, sofrendo um grande déficit de investimentos para tratamento das vítimas.

 

FISIOTERAPIA – A fisioterapia, por meio de exercícios específicos, é indicada em muitos casos para reabilitação de vítimas no trânsito para estimular uma resposta de reparo e regeneração dos tecidos acometidos por fraturas ou lesões pelo corpo. As lesões podem ser as mais diversas partindo de fraturas simples a altamente complexas, como as em tecidos moles que podem ser tensões musculares, de tendões ou ligamentos. Esses casos podem se agravar ainda mais cão algum nervo for comprometido.

A reabilitação vai depender de cada gravidade da lesão levando-se em consideração as variáveis de extensão da lesão, região do corpo acometida, região nervosa afetada, que influenciam na recuperação do pacientes podendo ser de quase 100% ou com uma perda funcional gravíssima com seqüelas.

Outro fator importante da reabilitação é a cooperação do paciente, caso contrário pode haver um retardo na recuperação. Frequência do exercício, continuidade da terapia fora do ambulatório,

 

VÍTIMA – O motorista Leandro Duarte Marques sofreu um grave acidente há 11 anos, quando tinha apenas 17 anos de idade. Na época, o jovem conduzia sua moto, quando em cruzamento da cidade teve a frente cortada por um automóvel que não respeitou o pare. Com o impacto violento, Marques foi lançando a metros de distância, fraturando o ombro, a clavícula, além de sofrer traumatismo craniano, permanecendo em coma durante 3 dias.

O processo de recuperação foi lento e longo até Leandro ver novamente normalizar as suas funções. “Foi um trauma, não me recordo de nada do acidente, porém ficou marcado minha vida e da minha família. Hoje tenho mais experiência na condução, mas percebo que o trânsito está cada vez perigoso e atenção é muito importante”, lembra.

A reportagem do Jornal Primeira Página procurou o secretário municipal de Trânsito para elencar algumas das medidas que devem ser tomadas pela nova administração para a diminuição significativa dos índices de acidentes e assim aumentar a segurança daqueles que se usufruem do sistema. Porém o secretário não retornou o contato nem pessoalmente ou por meio da assessoria.

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