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Ocorrência de LER/Dort aumentou nos últimos anos

30/12/2011 11h05 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Ocorrência de LER/Dort aumentou nos últimos anos

O crescente número de horas que pessoas passam em frente ao computador, seja devido ao trabalho ou por motivos de lazer, trouxe duas enfermidades que acometem milhares de usuários: as Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort).

De acordo com a fisioterapeuta Camila Cattani, as siglas LER e Dort abrangem em torno de 30 doenças diferentes, entre as quais estão a tendinite e a bursite. “Geralmente, algumas atividades desenvolvidas no trabalho, como movimentos repetitivos com o dedo ou sustentar o telefone durante muito tempo em uma mesma posição, podem desencadear processos inflamatórios nos tendões e músculos”, explica.

Segundo ela, dor localizada, desconforto, fadiga, sensação de peso, formigamento e dormência estão entre as queixas mais comuns dos portadores de LER/Dort. “Muitas vezes, a fisioterapia é utilizada para amenizar a dor e estimular a recuperação da função e dos movimentos do membro afetado. No entanto, é recomendável que a pessoa procure um médico especialista na área, podendo ser um ortopedista ou reumatologista, logo que sentir as primeiras dores, pois assim o tratamento será mais efetivo”, afirma a fisioterapeuta.

No caso do estudante de design gráfico, Matheus Menegatto, o excesso de movimentos repetitivos lhe trouxe uma ruptura irreversível nos tendões da mão. Isso porque aos 12 anos, o estudante costumava permanecer de cinco a oito horas diárias jogando video-game. “Na época, eu fiquei com a mão paralisada durante 3 meses e o local cicatrizou, mas o tecido não volta. É como se meus tendões estivessem soltos. Não dói, tanto é que continuo jogando video-game”, relata.

Já o analista de sistemas, Pedro Demarese, conta que, apesar de trabalhar 10 anos com informática, ficando oito horas por dia na frente do computador – além de também utilizá-lo em casa –nunca apresentou sintomas de LER/Dort.

Segundo ele, a experiência pessoal o permitiu encontrar uma maneira confortável de se posicionar. “No meu caso, para digitar é essencial que eu esteja com o antebraço todo apoiado na mesa, desde o pulso até o cotovelo. Os médicos aconselham pausas de 10 minutos a cada 1 hora de trabalho, o que na prática é inviável. Se eu sinto que minhas costas, braços e pulsos estão cansados, eu alongo melhor essas partes”, explica.

No entanto, Cattani atenta que uma das melhores maneiras de prevenir essas doenças é realizar pausas durante o expediente, que devem acontecer a cada 50 minutos trabalhados, evitando ultrapassar 6 horas realizando o mesmo movimento.

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