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Palestra prevê atualizar médicos e enfermeiros sobre a infecção pelo Aedes aegypti

21/03/2016 13h33 - Atualizado há 8 anos Publicado por: Redação
Palestra prevê atualizar médicos e enfermeiros sobre a infecção pelo Aedes aegypti

Com a proposta de esclarecer e divulgar os principais sintomas da dengue, chikungunya e zika a Santa Casa de São Carlos realiza palestra voltada ao médicos e enfermeiros na perspectiva de atualizar sobre os quadros clínicos diversificados que as doenças tem se manifestando nos pacientes infectados pelos vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti.

A palestra será ministrada pelo médico infectologista da Santa Casa, Robson Poul Tiossi, na terça-feira, 22, às 19h30, no Auditório da instituição que fica na Rua Paulino Botelho de Abreu Sampaio, 573 – Vila Pureza. O evento é gratuito e aberto aos médicos e enfermeiros, estudantes de medicina e de enfermagem da cidade e região.

De acordo com Tiossi, o vírus tem se manifestado nos pacientes de várias formas, e se apresenta com quadros clínicos novos e em sua maioria muito agressivos e com gravidade.

“Em uma visão panorâmica os pacientes que chegam ao SMU [Serviço Médico de Urgência] da Santa Casa apresentam um quadro clínico grave o que não ocorria anteriormente. A palestra tem como proposta alertar aos médicos tanto da Rede Pública como dos convênios de saúde e do próprio hospital sobre essas novas manifestações da infecção da dengue, chikungunya e zika”, relatou.

Para compor o conteúdo dessa palestra o infectologista mapeou os casos graves ocorridos em 2016 no SMU e na Rede Pública para montar um perfil da manifestação da doença. Na última semana, segundo Tiossi, quatro pacientes que chegaram à Santa Casa com um histórico de dengue, no decorrer da internação tiveram o quadro clínico agravado. O que, em alguns casos, levou paciente a internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Dados do Núcleo de Epidemiologia Hospitalar (NHE) da Santa Casa mostram que este ano, 73 pessoas chegaram com suspeita de dengue sendo que 16 foram confirmados.

De acordo com Tiossi, a proposta e rever os fluxos dos pacientes que chegam ao hospital e abordar os sintomas de forma correta. “A ideia é apresentar protocolos que norteiem os médicos ao pedir os exames, indicando qual exame é adequado e no tempo certo, para que possam ser interpretados de forma correta. É preciso que todos estejamos preparados para enfrentar a doença”, afirmou.

“Os médicos, principalmente aqueles que estão no contato direto com a população, poderão encontrar na palestra elementos que vão subsidiar na avaliação dos exames, quais são os fatores de risco, quais casos em que os pacientes deverão ser internados e quais podem ser acompanhados com os pacientes sendo tratados nas residências. Mas principalmente, avaliar e identificar riscos”, relatou Tiossi.

Outro ponto relevante da palestra, na avaliação do infectologista, é o médico se informar sobre os sintomas da doença, para explicar para as famílias dos pacientes qual o ciclo da dengue e como deve ser o procedimento nos casos que o tratamento for feito em casa.

 

CLASSIFICAÇÃO – A partir de 2014 o Ministério da Saúde passou a adotar uma nova classificação da dengue. Esta classificação também foi adotada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em outros países.

De acordo com OMS, não existirá mais a classificação de dengue hemorrágica, dengue com complicações (DCC) e dengue clássica que será substituída por dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave.

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