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Pedreiro usa ‘devoção às almas’ para negar propriedade de túmulos

02/06/2016 11h39 - Atualizado há 8 anos Publicado por: Redação
Pedreiro usa ‘devoção às almas’ para negar propriedade de túmulos

A Comissão de Estudos que apura o trabalho de terceiros no cemitério Nossa Senhora do Carmo ouviu, na manhã de ontem, o pedreiro Natalino Copetti, que atua naquele espaço há 60 anos, 30 deles como prestador de serviços às famílias que buscam intervenções em túmulos. Apontado em depoimentos anteriores como suposto proprietário de 400 túmulos, ele negou as acusações.

Segundo o presidente da Comissão, vereador Ditinho Matheus (PMDB), com base em declarações já prestadas à comissão, testemunhas afirmam que Copetti marca os túmulos de sua propriedade com a cor verde. Tanto à Comissão como ao Primeira Página, o pedreiro apresentou outra versão: “pintava de verde por devoção às almas, mas não faço isso há quatro anos. Agora precisa pedir autorização”, justificou.

O pedreiro afirmou que conta com cinco funcionários que atuam no Cemitério Nossa Senhora do Carmo. Esclareceu que paga uma licença anual de, aproximadamente, R$ 85 por ano para prestar serviços e não considera o preço cobrado como abusivo. Afirmou que o valor é de R$ 650. “Eu não sonego impostos. Tudo está declarado certinho no meu Imposto de Renda”, disse o pedreiro.

CONTRADIÇÕES – Porém, na visão do vereador Ditinho Matheus (PMDB), poucas foram as confirmações do pedreiro à Comissão. “No momento em que foi questionado sobre a emissão de notas aos clientes, ele disse que fornece apenas quando pedem e que das empresas fornecedoras de materiais de construção nenhuma emite nota fiscal. Isso é gravíssimo porque a Prefeitura é lesada”, acrescentou Ditinho Matheus.

Apesar de declarar que cobra um preço justo pela prestação de serviço, o presidente da Comissão de Estudos garantiu que está em posse de documentos que provam o contrário. “Existem recibos de R$ 4,5 mil que foram emitidos pela prestação do serviço, mas para efeito de cobrança de impostos a nota sai a R$ 400, R$ 800… isso é gravíssimo”, desabafou.

De acordo com Ditinho, outros pedreiros devem ser convocados para esclarecimentos. Na opinião dele, há uma necessidade urgente de se normatizar e criar regras para o trabalho dos pedreiros.

 

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