27 de Abril de 2024

Dólar

Euro

Cidades

Jornal Primeira Página > Notícias > Cidades > Pesquisador defende testes em humanos para conclusões sobre eficácia da ‘pílula do câncer’

Pesquisador defende testes em humanos para conclusões sobre eficácia da ‘pílula do câncer’

02/06/2016 11h50 - Atualizado há 8 anos Publicado por: Redação
Pesquisador defende testes em humanos para conclusões sobre eficácia da ‘pílula do câncer’

Dois novos estudos sobre a pílula do câncer foram publicados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Eles indicaram ineficácia da fosfoetanolamina, também conhecida como ‘pílula do câncer’ contra tumores em roedores. Os estudos foram coordenados pelo professor Manoel Odorico de Moraes Filho, da Universidade Federal do Ceará (UFC).

O grupo de pesquisa, porém, pondera que não se pode afirmar que os testes não sejam eficazes em humanos. “Só podemos dizer que não funciona em gente quando fizermos testes em seres humanos”, Moraes Filho ao G1.

O pesquisador Gilberto Chierice não quis comentar o assunto. Segundo o relatório publicado pelo MCTI, os testes aconteceram com dois grupos de roedores – ratos e camundongos – por 10 dias com tumores de crescimento rápido. Um segundo grupo de controle permaneceu sem tratamento. Depois desse período, os cientistas observaram que o grupo que recebeu a fosfoetanolamina não apresentou mudança em relação ao grupo que não foi submetido ao tratamento.

O relatório indica que a pílula do câncer não tem efeito sobre tumores de proliferação rápida. Destacou também que os testes foram revisados por especialistas de algumas das principais instituições de câncer no país, como o Instituto Nacional de Câncer, Hospital de Barretos, Icesp, USP e Unicamp.

Sintetizada há mais de 20 anos, a fosfoetanolamina sintética foi estudada pelo professor aposentado Gilberto Orivaldo Chierice, quando ele era ligado ao Grupo de Química Analítica e Tecnologia de Polímeros da USP, campus de São Carlos. 

HISTÓRICO – Em abril desse ano, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) sancionou hoje a lei que autoriza o uso da fosfoetanolamina sintética por pacientes diagnosticados com câncer e definiu a permissão como de relevância pública. O texto da lei, publicado no Diário Oficial da União, ressalta, entretanto, que a opção pelo uso voluntário da fosfoetanolamina sintética não exclui o direito de acesso a outras modalidades de tratamento contra o câncer.

Em maio, o Supremo Tribunal Federal suspendeu a eficácia da lei que permite a fabricação, distribuição e o uso da fosfoetanolamina sintética, conhecida como “pílula do câncer”. Por 6 votos a 4, a Corte máxima do país acatou pedido da Associação Médica Brasileira (AMB) para suspender os efeitos da lei aprovada pelo Congresso no final de março e sancionada pela presidente da República.

 

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x