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Pombos: De cartão postal da cidade, a praga urbana

27/05/2012 09h14 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Pombos: De cartão postal da cidade, a praga urbana

De acordo com Guilherme Marrara, chefe da Divisão de Controle de Zoonoses, é possível diminuir em 80% os pombos que ficam pela cidade de São Carlos, se for cortada a alimentação que recebem. Muitas vezes pessoas têm o costume de alimentar esses pombos ou mesmo eles invadem locais que têm alimentos de outros animais. Pensando nisso, Marrara propôs um projeto de lei para proibir a alimentação dos pombos nas áreas públicas. “É um problema muito constante, devido ao fato de a pomba representar o símbolo da Paz e muitas pessoas ainda manterem este hábito de alimentá-las, uma vez que essa prática já foi inclusive cartão postal da cidade”, fala.

 

Ele explica que as pombas necessitam de três fatores para adaptarem-se em determinado local: alimento, água e abrigo. Assim é trabalhado um conceito chamado Manejo Integrado de Pragas, onde se tenta quebrar um desses três fatores, fazendo com que o local habitado por elas torne-se desfavorável e consequentemente abandonado. “Sabemos por estudos que cortando a alimentação constante de pombos em determinada área, é possível diminuir em ate 80% a população delas nessa área, fazendo com que retornem aos campos e áreas rurais”, completa Marrara.

De acordo com a população e comerciantes da região central da cidade, onde sempre houve muitas pombas, houve uma diminuição muito grande se comparada com anos anteriores. “Faz tempo que não vejo pombos como antes. Antigamente tinha um bebedouro na praça, mas depois da reforma tiraram. Lá vivia infestado com esses pombos”, diz Ruim Gonçalves, comerciante.

Outro comerciante da região também concorda com a diminuição e que as pessoas não têm mais o costume de jogar alimentos. “Agora não tem mais ninguém para alimentar, então diminuiu bastante. Era pombo para todo lado e eles faziam ninho em todos os lugares também”, fala Eric Daniel.

A dona de casa Rosana Silva, frequentemente pega ônibus e vez ou outra vê alguma pomba. “Ultimamente não vejo muitas, mas sempre que fico aqui no ponto de ônibus da ‘praça dos pombos’ acabo vendo uma ou outra”, diz.

Há um trabalho realizado para orientar a população com relação aos pombos que invadem as suas casas. “Passamos orientação através de procedimentos para evitar que esses pombos venham até a residência, mas isso acontece quando as pessoas ligam para nós”, explica Isabel Cristina Wenzel, bióloga que trabalha na Divisão de Controle de Zoonoses.

Isabel diz que a equipe passa as orientações à população via telefone e por e-mail também. “Mandamos o panfleto e os procedimentos para evitar os pombos na residência ou no local que elas estejam invadindo”.

 

ORIENTAÇÃO

Dicas e procedimentos que não matam, mas espantam os pombos

– Naftalina, fazer saquinhos de pano que caibam cinco pedras de naftalina, pois ela derrete; no saquinho ela rende mais. Causa um odor muito forte e a pombo não gosta, então vai embora com o odor;

– Fio de náilon, quando tiver pombos em cima das casas, a dica é passar fio de náilon em três camadas com10 cmde distância cada um. O pombo vai pousar no telhado e vai enroscar a patinha, então ele não consegue.

– CD, pode ser CDs velhos de computador ou de música para fazer móbiles. Se a pessoa colocar em pontos estratégicos do telhado, eles vão começar a circular e refletir a luz do sol, o que incomoda os olhos dos pombos;

– Gel, vendido em agropecuárias, que espanta os pombos e dura em média seis meses.

Porém, é importante ressaltar que “são três procedimentos que não matam os pombos, não causam problemas ecológicos e solucionam o problema”, conclui Isabel.

 

 

 

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