Prefeitura aguarda repasse de ICMS para pagar merendeiras
Aproximadamente 15 merendeiras estiveram na manhã de ontem, no Paço Municipal, para conversar com integrantes da administração sobre os atrasos no pagamento à empresa Glória Mundi, responsável pela terceirização dos serviços de preparo da merenda escolar. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Refeição de Campinas e Região, os funcionários da terceirizada não receberam os salários de novembro e a primeira parcela do décimo terceiro. Em nota, a Prefeitura promete pagar uma parte nesta terça-feira, 8.
Apesar dos atrasos, os trabalhos não foram interrompidos. De acordo com Tereza Silva Lima, 91 trabalhadoras, entre ativas e afastadas, exercem os serviços à terceirizada. “Existem três faturas de pagamento em aberto em que a Prefeitura não pagou o valor devido à empresa. Infelizmente, as trabalhadoras começam a passa necessidade por conta desses atrasos”, explicou Tereza.
O piso salarial da categoria é de R$ 1.019,00. “Nós queremos um posicionamento da Prefeitura para o pagamento das trabalhadoras. Tem merendeira que utiliza o salário para sustentar a casa, pois não tem marido. Nós temos um trabalho social, que fornece cestas básicas, mas a quantidade não é suficiente para atender a todas”, destacou Tereza.
Na semana passada, o sindicato realizou uma reunião com o vice-prefeito e secretário de Agricultura e Abastecimento, Cláudio Di Salvo e o diretor financeiro da Prefeitura, Sérgio Monsignati, que explicaram a situação delicada das finanças municipais e prometeram o pagamento para segunda-feira, 7.
Como não houve o depósito, o sindicato foi à Prefeitura e conversou com o secretário de Comunicação, Moisés Rocha. Ele afirmou que o atraso no repasse das parcelas do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) impediu o pagamento, mas que uma das parcelas – R$ 452 mil – deve ser depositada hoje. A dívida da Prefeitura para com a terceirizada chega aos R$ 678 mil. Os outros R$ 226 mil devem ser pagos até o final de dezembro. “Mesmo com o atraso, continuamos a trabalhar normalmente. O que queremos é uma solução para esse caso”, endossou Tereza.