Prefeitura economiza 33,3% do previsto com ‘meio expediente’
Mesmo com uma economia aquém do esperado – a Prefeitura previa R$ 6 milhões em um ano – a administração fechou o cálculo da redução de gastos provocada pela diminuição do expediente administrativo, que retornou às atividades normais na última segunda-feira, 4. O secretário de Planejamento e Gestão, Douglas Marangoni dos Santos, afirmou que no período de 5 meses foram economizados algo em torno de R$ 2 milhões.
A Prefeitura tinha como meta estender o meio expediente por mais seis meses a partir de março, completando o ciclo de um ano, mas as fortes chuvas que caíram sobre São Carlos no final de novembro fizeram com que a Prefeitura mudasse o planejamento.
“A economia foi abaixo do esperado. Não conseguimos uma maior redução por conta dos saques do Tesouro, que comprometeram o Orçamento e nos deixaram com muitas contas a pagar”, complementou o secretário de Planejamento e Gestão.
Realinhamento dos preços da passagem do transporte coletivo e dos combustíveis e necessidade de realizar compras diretas de insumos da administração frearam uma economia maior.
“Mesmo assim, a nossa avaliação é positiva, uma vez que a situação das finanças era precária”, comentou o secretário de Planejamento e Gestão.
SALÁRIO – Na mesma entrevista, Marangoni confirmou que o salário dos servidores será depositado na conta em sete de janeiro. O Sindicato dos Servidores Públicos (Sindspam) questionou as alterações das datas na Justiça, pois segundo a entidade a administração feriu um dos artigos do acordo coletivo, que previa o pagamento dos salários até o último dia útil de cada mês. Já a juíza da 1ª Vara do Trabalho de São Carlos, Claudia Giglio Veltri Correa, indeferiu o pedido, alegando que a Prefeitura não cometeu ilegalidade. “Muitas cidades sequer pagaram o 13º salário. Essa economia na redução do expediente teve também como propósito não atrasar a folha de pagamento do servidor”, ressaltou Marangoni dos Santos.
Para os primeiros meses de 2016, o secretário de Planejamento e Gestão prevê um folego nas finanças em função das arrecadações dos Impostos Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Sobre Veículos Automotores (IPVA).