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Preservativo feminino tem baixa adesão

22/03/2012 09h10 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Preservativo feminino tem baixa adesão

O Ministério da Saúde começa a distribuir em maio o primeiro lote dos 20 milhões de preservativos femininos que serão entregues ao longo do ano. As populações prioritárias serão definidas de acordo com critérios de vulnerabilidade a doenças sexualmente transmissíveis (DST), incluindo a Aids e as hepatites virais.

São Carlos, segundo a coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids, Blaranis Helena Pauletto, ainda não tem o número de preservativos femininos que será disponibilizado pelo sistema público de saúde, mas ela já adianta que o volume de mulheres que optam pelo dispositivo de prevenção é “muito baixo” e não há frequência de uso das pessoas que buscam nos postos de saúde o preservativo.

“Não só em São Carlos, mas em todo o País esta realidade é similar. Ainda não encontraram uma forma de tornar o preservativo feminino confortável para a mulher usar. Ele é grande, de difícil manipulação e introdução, o que inibe o uso constante”, afirmou Blaranis Pauletto.

Segundo a coordenadora, os postos de saúde já distribuem o preservativo feminino, mas o que fica marcado é que as mulheres não fazem dele um hábito. Os parceiros dessas mulheres também entram na estatística de rejeição do preservativo. “Temos então um problema de adesão que precisa primeiro ser contornado para que se possa introduzir o preservativo feminino nas relações sexuais das mulheres”, destacou.

No público-alvo, de acordo com a pasta, estão profissionais do sexo, mulheres em situações de violência doméstica e/ou sexual, pessoas com HIV/Aids, usuárias de drogas e seus parceiros e pacientes do DST. Também se enquadram pessoas de baixa renda e usuárias do serviço de atenção à saúde da mulher que tenham dificuldade em negociar o uso do preservativo masculino com o parceiro.

O relatório fechado em dezembro de 2011 pelo Programa Municipal de DST/Aids de São Carlos mostra que existem 1.773 casos de HIV positivo e Aids em portadores acima de 13 anos na cidade. Entre esses registros, 1.241 (69,9%) já foram notificados com Aids e 532 (30%) encontram-se como portadores do vírus HIV. No sistema municipal há 673 óbitos registrados desde 1987. Do total de casos em maiores de 13 anos, 1.128 (63,6%) são do sexo masculino e 645 (36,6%) do sexo feminino, representando uma proporção de 1,7 por 1.

Dados da Secretaria Municipal de Saúde sobre a distribuição da população HIV positivo e Aids por faixa etária e sexo, a mais atingida é a do sexo masculino entre 30 e 34 anos (230 casos que equivalem a 20,9%), e do sexo feminino, de 25 a 29 anos (123 casos – 19%), mantendo os mesmos índices encontrados em boletins epidemiológicos anteriores.

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