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Protesto pede exoneração de funcionário público que agrediu Romeu Bertho

Atletas protestam em movimento pacífico em frente a Prefeitura Municipal para pedir posicionamento do poder público

26/07/2021 11h57 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
Protesto pede exoneração de funcionário público que agrediu Romeu Bertho Fotos: Hever Costa Lima

Atletas ligados ao segmento de lutas esportivas e artes marciais reuniram-se na frente da Prefeitura de São Carlos (SP), nesta segunda-feira, 26, em um movimento de protesto para pedir o posicionamento da Prefeitura sobre uma possível exoneração de funcionário comissionado (que não tem concurso público) que agrediu com um chute no rosto, o atleta de Jiu-Jitsu, Romeu Bertho, de 84 anos, após um incidente de trânsito.

A agressão ocorreu na quinta-feira, 22, perto das 12 horas, na Avenida Henrique Gregori, na Vila Carmem, após uma discussão de trânsito. Segundo Fernando Zoppelari, sobrinho da vítima, não houve dano material para nenhum dos motoristas envolvidos, apenas uma freada brusca que desencadeou em discussão verbal e na sequência o chute no rosto do idoso pelo funcionário público municipal que trabalha na Casa da Cultura (Fundação Pró-Memória), J.R.O.A.J., de 22 anos.

O movimento reuniu perto de 50 pessoas que ficaram na porta da Prefeitura em busca de um posicionamento do poder público. “São várias associações e de vários tipos de luta que estão em um ato de repúdio contra a violência gerada por um ato banal. Uma freada brusca de carro. Todos os atletas aqui sabem o limite ético da luta esportiva e que deve ser realizada dentro do tatame. O que o agressor protagonizou foi um ato de covardia”, reforçou para deixar claro que os atletas não concordam com o uso de técnica ou força fora do treino e competição esportiva.

O movimento buscou a exoneração do agressor, como afirmou o atleta Rogério Brito. “As artes marciais têm como princípio o controle emocional e disciplina. O que vimos foi um ato de covardia”.

Para Altamir Martins de Oliveira, atleta de artes marciais, a indignação se dá como representante da categoria esportiva e como ser humano pelo ato de agressão. “O mais contraditório nesse fato é que na Fundação Pró-Memória, onde o agressor trabalha, um órgão que resgata a vida e memória das personalidades da cidade, tem uma foto do professor Romeu Bertho”.

Altamir continua: “Queremos que o prefeito e seu secretariado venham responder ao questionamento dos cidadãos são-carlenses. Se não tomar nenhuma atitude como ficará essa situação. Pedimos que a Prefeitura exonere essa pessoa como resposta à sociedade”.

A agressão foi registrada em boletim de ocorrência e segue o trâmite na Justiça seguirá com a investigação da Polícia Civil.

OUTRO LADO

Em reunião com os manifestantes após o protesto, o secretário de Governo, Edson Fermino, afirmou que a prerrogativa de exoneração é do prefeito Airton Garcia e que secretários de Segurança Pública, Comunicação e assessoria especial, comandada pelo José Pires, o Carneirinho, vão encaminhar relatórios para uma decisão do prefeito.

O radialista e líder político do Patriota, Leandro Guerreiro (ex-vereador), participou da reunião e cobrou celeridade na ação do prefeito Airton Garcia. Ele lembrou que o município viveu uma outra controvérsia há dois anos, quando o mesmo funcionário, J.R.O.A.J, exigiu o ressarcimento pelo erário público após um abacate cair no capô do seu carro e gerar um dano material. “Na época, a reforma do carro ocorreu em menos de uma semana. Não vejo a mesma motivação do Airton para resolver o caso de agressão neste momento”.

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