R$320 mil é o custo da educação de um filho
Planejar a educação de um filho está entre as proposições para 2012? Se a resposta for afirmativa, a recomendação é poupar. Numa família brasileira de classe média, da creche até o diploma de pós-graduação, o custo educacional de um filho gira em torno de R$320 mil.
A educação é um fator que pode melhorar a renda das pessoas no futuro e, portanto, muitos a colocam como prioridade no orçamento. É o caso da administradora de empresas, Denise Pereira, que já pagou R$2700 pela mensalidade escolar de seus dois filhos. “Só com mensalidade eu gasto mais da metade do meu salário. Eu pago porque acredito que é importante e temos que investir na base da educação dos filhos para que eles tenham maiores chances no futuro”, afirma.
O consultor financeiro Marco Bermudes colocou na ponta do lápis os possíveis gastos de uma família da classe média para educar um filho. A conclusão? Educação custa caro e as despesas aumentam na mesma proporção em que as crianças crescem. “Na primeira fase da educação, creche, maternal, jardim, o custo é em torno de R$58.866. Já o Ensino Fundamental e Médio o gasto é de R$118.000. Se houver necessidade de realizar um cursinho pré-vestibular, somamos mais R$23.400 ao orçamento. Entre faculdade e pós-graduação o custo será ao redor de R$131.400. Isso sem levar em consideração custos adicionais, como o material escolar, cursos de idiomas e aulas de reforço, o que pode ultrapassar R$320.000”, ressalta.
O economista Jônatas Rodrigues da Silva calculou que, se o filho ingressar numa faculdade particular aos 17 anos de idade e o curso durar cinco anos, é necessário o desembolso de R$72 mil, caso os gastos mensais forem de R$1200. “Se os pais, desde o nascimento da criança, passarem a economizar e investir R$ 181,00 por mês, obtendo uma rentabilidade mensal conservadora de 0,6% (caderneta de poupança), eles acumularão o valor necessário”, explica.
Segundo ele, se a intenção é garantir a faculdade dos filhos, a recomendação é realizar investimentos conversadores. “Uma boa escolha hoje seriam as Notas do Tesouro Nacional Série Principal (NTNB-P), hoje elas tem remuneração fixa de 5% mais IPCA, ou seja, algo em torno de 11,5% ao ano. Um CDB (Crédito de Depósito Bancário) também seria uma escolha acertada, o problema é que bancos só apresentam boas remunerações para valores acima de 10 mil reais. Para pequenos valores, portanto, o melhor ainda é o Tesouro Direto e no futuro, quando o montante crescer, investir num CDB”, avalia o economista.
