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Rede municipal não terá déficit de professores

30/12/2011 11h03 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Rede municipal não terá déficit de professores

A estimativa da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação é de que, em 2012, faltem 300 mil professores no país, tanto nas redes estaduais quanto municipais, número equivalente a 15% de um total de dois milhões de educadores em sala de aula. Salários ruins, condições precárias de trabalho, falta de educadores no mercado, ausência de planos de carreira e mau gerenciamento do quadro de servidores estão entre os motivos pelos quais haverá esse déficit.

Em algumas escolas da cidade de São Carlos, no entanto, a realidade não é a mesma. Isso porque, de acordo com Hilda Maria Monteiro, diretora do Departamento Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação, na rede municipal não há falta de educadores. “Em alguns lugares o salário é muito baixo, além disso, não ter plano de carreira também é um elemento desmotivador para os professores. Mas isso não acontece aqui, pois nosso salário-base já maior do que o piso salarial estabelecido. Por exemplo, por 30 horas, o salário inicial é em torno de R$1400, o que já é bem melhor que o restante do país”, afirma.

Segundo ela, o maior problema é a carência de professores para o ensino médio, porém a rede municipal oferece oito escolas de Ensino Fundamental e somente duas que possuem as séries finais (sexto ao nono ano). “Nós não temos Ensino Médio, além disso, são poucos professores especialistas que acabam tendo que trabalhar em várias redes para completar a jornada salarial”, ressalta Monteiro.

Em São Carlos, a falta de um plano de carreira não é um dos motivos para que haja desinteresse por parte dos professores em seguir exercendo a profissão. “Nós temos plano de carreira desde 2006, o que estimula a procura pela carreira. Temos a progressão funcional, fundamentada na titulação e no desempenho profissional, reajuste de 5% no salário com três anos de efetivo exercício, prêmio assiduidade 6%, todos estímulos para que o professor permaneça lecionando”, declara a diretora pedagógica.

Já a professora de uma escola da rede estadual da cidade, que preferiu não se identificar, se mostra descontente com a situação em que se encontra. “É incrível como o professor é desrespeitado pela própria escola e pelos alunos. É tanta humilhação e falta de condições para exercer nossa função em sala de aula que penso que esta será apenas uma experiência. Não tenho vontade de seguir dando aulas”, declara.

Até o fechamento desta edição, não foi possível entrar em contato com o responsável pela rede estadual de ensino do município.

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