Remédio para tratamento de câncer pode deixar de ser produzido por falta de verbas
Atualmente o Instituto fornece 25 tipos diferentes de radiofármacos, 85% da produção nacional, o que torna a Radiofarmácia importante
De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado (SINDSEF), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), responsável pela produção de radiofármacos usados no tratamento de câncer, não tem dinheiro para manter a fabricação do medicamento. Atualmente o Instituto fornece 25 tipos diferentes de radiofármacos, 85% da produção nacional, o que torna a Radiofarmácia do IPEN extremamente significativa para a Medicina Nuclear brasileira.
Mesmo assim, ano após ano, o orçamento destinado à Comissão Nacional de Energia Nuclear, à qual o IPEN é ligado, é reduzido, forçando o Instituto a constantes malabarismos, enquanto busca a aprovação de recursos emergenciais para manter as condições mínimas de funcionamento.
Porém, apesar dos constantes avisos e alertas, desde o início do ano, em 2021 a recomposição do orçamento (que foi reduzido em 46%) se dará, de forma inusitada, por Projeto de Lei, o que significa que, mesmo se for aprovada, a verba não chegará a tempo de evitar a paralisação da produção pelo IPEN, com graves consequências para a população que está em tratamento.