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Renata Mesquita Magalhães: uma vida dedicada à educação

08/03/2016 00h59 - Atualizado há 8 anos Publicado por: Redação
Renata Mesquita Magalhães: uma vida dedicada à educação

Quem convive ou conviveu com a Escola Dr. Pirajá da Silva, no município de Ribeirão Bonito, com certeza já ouviu falar de “Salomé”.  Afinal, quando o bicho pega e existe algum aluno rebelde querendo “tomar conta do pedaço”, quem restaura a ordem é a professora Renata Mesquita Magalhães, a “Salomé”, vice-diretora da escola. A fama de durona, porém, esconde uma pessoa sensível e amorosa, uma verdadeira “mãezona” para as pessoas que a conhecem bem. O apelido veio da novela “Salomé” que passou na Globo. Renata tinha à época, o cabelo parecido com da personagem principal do folhetim, interpretado por Patrícia Pillar. O apelido pegou e não saiu mais, pois ela e sua família odiavam a alcunha.

Salomé tem hoje 37 anos, dos quais 18 foram dedicados totalmente à educação. Renata é filha de Maria Aparecida Mesquita Magalhães, uma professora, e sobrinha de outras oito docentes. Afinal, dos 9 filhos que sua avó trouxe ao mundo – 8 nasceram mulheres e dedicaram suas vidas ao magistério.

Ela nasceu em Ribeirão Bonito e é gêmea de Rodrigo, que atua na Diretoria Regional de Ensino, em São Carlos. É filha de um metalúrgico aposentado. Na adolescência, Salomé estudava na Escola Pirajá e queria ser psicóloga, contrariando a mãe, que desejava que a filha seguisse sua trilha na educação. Mais tarde acabou fazendo Letras na Faculdade São Luís, em Jaboticabal e começou a dar aulas. “Eu sempre gostei muito do contato com os jovens”, ressalta. Ela também ensaiou uma carreira de atleta, pois era corredora e pensava em fazer Educação Física.  Ela afirma que aprendeu muito com o professor desta matéria, João Carlos Ferraz de Camargo, que foi seu grande mestre.

O início foi em São Carlos, na Escola Maria Ramos. No começo viajava todos os dias. Depois se casou pela primeira vez e morou em São Carlos entre 1997 e 2005, quando passou pelas escolas Jesuíno de Arruda, Maria Ramos, Militão de Lima, Álvaro Guião e Orlando Perez, sempre lecionando aulas de inglês.

Quanto à fama de durona, Salomé afirma que muitas vezes ser enérgica é uma necessidade, já que numa escola é preciso ordem para que as coisas funcionem de forma correta e cada um entenda seu papel. “É necessário darmos amor às crianças e aos jovens, mas também temos que deixar claro que existem direitos e deveres”.

Com relação à rebeldia dos estudantes de hoje em dia, ela afirma que o problema é geral. “Só mudam os endereços e os nomes, mas os problemas são iguais. Muitos chegam à escola sem limites, pensando ter encontrado um território livre e sem lei. Muitos promovem a bagunça para chamar a atenção, pois são carentes. Existe hoje uma desestruturação das famílias e, infelizmente, muitos pais não incentivam os filhos a estudar. Eles, os alunos passam mais tempo com a gente e querem chamar a atenção. Tudo vem da falta de amor”. No segundo casamento com Josedeque, ela é mãe de Ana Carolina, de 16 anos e Ana Clara, de 10 anos, ambas estudantes da Escola Pirajá.

Da educação para a política, foi um grande passo. Incentivada pelo ex-prefeito Rubens Gayoso Júnior, o Rubinho, falecido há cerca de 8 anos, Salomé foi candidata a vereadora em 2008. Elegeu-se na chapa do então candidato a prefeito Paulo Veiga e reelegeu-se em 2012 pelo PSD (Partido Social Democrático). Apesar de revelar que todos os dias pensa em desistir da educação devido aos problemas, Salomé afirma que ainda tem fé que um dia teremos no Brasil um presidente da República e um governador que vão salvar a educação e colocar este país no Primeiro Mundo. “Apesar de todos os problemas que vivemos hoje eu ainda acredito e espero ver este dia”.

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