São-carlenses se envolvem em 49% dos acidentes na Washington Luís
O Corpo de Bombeiros reuniu a imprensa na manhã desta sexta-feira, 11, para mostrar estatísticas relacionadas à rodovia Washington Luís, que tem despertado a atenção das equipes de socorro quanto ao número de acidentes, especificamente no trecho urbano. Entre os quilômetros 224 e 241, os bombeiros registraram 20 ocorrências de gravidade no primeiro semestre. Com base em números apresentados pela concessionária Triângulo do Sol, ficou comprovado que 49% dos acidentes nesta pista envolvem são-carlenses.
“Os acidentes acontecem quando a pessoa utiliza a pista para se deslocar a um comércio ou até mesmo às indústrias para o trabalho. Muitos estão usando a rodovia Washington Luís como uma grande marginal”, alerta o tenente Rangel Moreira Gregório.
Os números da Polícia Militar Rodoviária são mais alarmantes. No mesmo trecho de pesquisa do Corpo de Bombeiros, foram registrados 232 acidentes sem vítima; outros 65 apresentaram vítimas com 70 pessoas feridas levemente, oito em estado grave. De janeiro a novembro de 2014, oito pessoas morreram.
“Todo o trecho de rodovia é crítico. O que é necessário é o motorista ficar atento em toda a viagem”, disse o sargento Carlos Alberto da Silva, da Polícia Rodoviária. Segundo ele, um dos motivos que têm levado o motorista a se envolver em acidente é o uso do celular ao volante, em plena rodovia.
AVENIDA – Segundo o capitão Vítor Puato, comandante do 4º Grupamento de Bombeiros, além do fluxo tradicional de veículos, a rodovia Washington Luís recebe o movimento de quem se desloca para outros bairros de São Carlos pela rodovia. No trecho pesquisado, existem sete entradas para a cidade. “Algumas cidades da região, como Campinas, reduziram o número de entradas. A rodovia Anhanguera é um grande exemplo. Ainda no caso de Campinas, a cidade é bem servida de avenidas marginais, o que carece em São Carlos”, disse Puato.
O tenente Rangel Moreira Gregório explicou que o Corpo de Bombeiros tem desenvolvido campanhas nos postos que margeiam a Washington Luís, além do pedágio de Itirapina. “Nós queremos alertar a população sobre os riscos oferecidos pela rodovia”, disse Gregório.
Na opinião de Gregório, não há como os municípios caminharem em desenvolvimento sem um planejamento adequado. “Os municípios crescem, mas as avenidas marginais também precisam ser planejadas para não ocorrerem situações como estas que presenciamos na Washington Luís”, comentou.
