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São Carlos pode ganhar fábrica de drones

26/06/2020 08h52 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
São Carlos pode ganhar fábrica de drones Foto: Divulgação

Investimento deverá ser feito na antiga Modenutti, às margens da SP-215; devem ser gerados cerca de 200 empregos

Uma empresa fabricante de drones está se instalando em São Carlos. O novo negócio deve funcionar no antigo barracão da empresa Modenutti, às margens da Rodovia Luís Augusto de Oliveira, nas proximidades do bairro Novo Mundo, na região Sudeste do município. Os investimentos gerariam 200 empregos inicialmente.

As informações foram obtidas juntamente ao secretário municipal de Ciência e Tecnologia, José Galizia Tundisi. Segundo ele é um investimento muito importante, não só pela tecnologia que vai utilizar como também para os empregos que vai gerar. São Carlos, inclusive já abriga, há mais de 20 anos, empresas de produção de drones, antes chamados de VANTs – veículos autônomos não tripulados.

TAM E VOLKS – OS últimos grandes investimentos industriais que São Carlos recebeu foram a fábrica de motores da Volkswagen em 1996 e o centro de manutenção (MRO) da LATAM, em 2000. De lá para cá várias empresas ensaiaram investir na cidade, mas poucos negócios se concretizaram, a grande maioria, médias, pequenas ou microempresas. A maioria das empresas nasceu na própria cidade, como a AirShip do Brasil, que nasceu na Fundação ParqTec, que se tornou um berço de startups.

DECADÊNCIA – Nos últimos dez anos o setor fabril de São Carlos perdeu 2.811 postos de trabalho. Os dados são do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado pela Secretaria de Trabalho e Emprego, órgão do Ministério da Economia.

De 2010 a 2019, apenas nos anos de 2010, 2011 e 2013 os dados foram positivos. Nos demais anos os números foram sempre negativos. As informações são do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, e incluem apenas os empregos formais, ou sejam, aqueles com carteira registradas e que com todos os direitos previstos na CLT.

Em 2010 a indústria de transformação, segundo a pesquisa do Caged registra o saldo de 389, somando-se todas as admissões e demissões ao longo dos 12 meses. Em 2011 o saldo também foi positivo: 352. Em 2012 a situação mudou, com o setor industrial cortando 706 vagas ao longo do ano. Em 2013 houve o melhor número da década: geração e 725 postos de trabalho. De lá para cá foram só dados negativos: 2014 (-567); 2015 (-1.317); 2016 (-696); 2017 (-541); 2018 (-191) E 2019 (-259).

O parque fabril de São Carlos possui empresas de vários setores, como papel e celulose, têxtil, metalomecânico; eletroeletrônicos; químico, alimentício e de alta tecnologia, entre outros.  Só no setor metalúrgico são cerca de 500 empresas que empregam 10.000 pessoas. No total, o setor ainda emprega 23,65% da PEA (população economicamente ativa) de São Carlos, pagando uma média salarial de R$ 3.500,00 e respondendo por 32,88% do valor adicionado do município. O economista Elton Casagrande lamenta a situação atual, onde o Brasil vem colaborando para destruir sua indústria. “Vivemos uma situação altamente perversa para uma cidade que tem um parque fabril bastante interessante. Temos uma cadeia produtiva forte com empresários muito importantes. É algo mais invisível que o próprio comércio. A situação anda tão complicada que existe dificuldade até mesmo para a realização dos tracionais Jogos do SESI devido à escassez de empresas industriais”, ressalta ele.

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