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São Carlos possui 1.500 prédios históricos

16/12/2011 15h48 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
São Carlos possui 1.500 prédios históricos

Dados da Fundação Pró-Memória apontam que São Carlos possui, hoje, 1.500 edificações consideradas de interesse histórico para o município, tanto na área rural quanto urbana. Destas, nove já são tombadas, uma pela União; seis pelo Estado; e duas pelo município; e 21 estão em processo de tombamento, seis pelo Estado e 15 pelo município. O tombamento é o ato de reconhecimento do valor cultural de um bem, que o transforma em patrimônio oficial.

“Para obter o reconhecimento histórico, o imóvel deve possuir uma série de características como: um estilo arquitetônico histórico; estar enquadrado numa tipologia histórica muito rara; ser projeto de um arquiteto de renome nacional-internacional; e/ou ter sido construído por uma personalidade local ou nacional. Em todos os casos a condição de originalidade da edificação é fundamental”, comenta Ana Lúcia Cerávolo, diretora presidente da Fundação Pró-Memória.

Ela afirma que os imóveis declarados de interesse histórico podem e devem fazer uso do IPTU para manutenção das edificações, pois essa é uma maneira do município auxiliar e incentivar os proprietários a conservarem esses imóveis, pois ajuda a minimizar os custos de pequenas obras e reformas.

“O município abre mão de uma parte da arrecadação anual para auxiliar os proprietários no ônus da conservação do imóvel, dado o interesse de preservação é coletivo. Assim, todos os contribuintes participam desse processo de conservação dos imóveis históricos, que hoje são 158 cadastrados”, afirma Ana.

Um exemplo de edificação que faz parte da política de conservação do patrimônio histórico é o casarão que servia de residência para o professor Antônio Militão de Lima, localizado no cruzamento das ruas 7 de Setembro e Episcopal.

O prédio estava em ruínas e, após a prefeitura acionar o Ministério Público e a Justiça firmar um acordo com o proprietário, o casarão passa por um processo de restauração para que suas características históricas sejam preservadas e o imóvel reverta o estado de deterioração ora apresentado.

 “O passado pode ser e é compatível com as normas evolutivas da sociedade. É importante que as escolas promovam o debate político, façam atividades que realcem a história e a característica da cidade, pois só assim há mobilização social e construção de consciência para a preservação do patrimônio histórico”, opina Marco Antônio Villa, historiador e professor do Departamento de Ciências Sociais da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos.

 

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