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São Carlos prevê vacinar 43 mil pessoas até 1º de março

Supervisora da Vigilância Epidemiológica de São Carlos, Kátia Spiller fala sobre calendário que ainda está indefinido

15/01/2021 06h06 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
São Carlos prevê vacinar 43 mil pessoas até 1º de março Foto: Andreea Alexandru / AP Photo

A supervisora da Vigilância Epidemiológica de São Carlos, Kátia Spiller, afirmou que prevê contratação de mão de obra para auxiliar na vacinação em São Carlos. A estimativa é que até 1º de março perto de 43 mil pessoas já tenham recebido a primeira dose. Esse cronograma leva em conta a data de 25 de janeiro para iniciar a vacinação dos 9.507 profissionais da saúde e 8 de fevereiro como início para imunizar 33.928 pessoas acima de 60 anos. Esse número tem como base as pessoas vacinadas em junho contra o vírus da gripe (Influenza) na cidade.

De acordo com Kátia, entre 25 de janeiro e 7 de fevereiro esses profissionais receberão a primeira dose. Em 8 de fevereiro os idosos acima de 75 anos; a partir do dia 15 de fevereiro os idosos entre 70 e 74 anos; no dia 22 de fevereiro iniciam os idosos entre 65 e 69; e em 1º de março os idosos entre 60 e 64 anos. “A partir dessas datas as pessoas entram na campanha e podem ser vacinadas a qualquer momento, ninguém será excluído se não comparecer nos dias estipulados”.

O calendário projeta que a segunda dose do último grupo seja aplicada a partir de 22 de março. Se for a vacina CoronaVac do Instituto Butantan, a segunda dose deve ser aplicada 28 dias após a primeira.

Esse cronograma é baseado na projeção do calendário do Estado de São Paulo. Entretanto, ontem, 14, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello afirmou que o País deverá iniciar a vacinação no dia 20 de janeiro. “Se realmente a campanha iniciar no dia 20 vamos teremos de nos adaptar e pensarmos em estratégia para começar a aplicar a vacina. São Carlos irá iniciar junto com o estado ou o governo federal. Isso não tenho dúvida”, afirma.

Kátia afirmou que a Prefeitura, por meio do Comitê Emergencial de Combate ao Coronavírus de São Carlos, já está tomando providências para estender o horário de trabalho da equipe de saúde com pagamento de hora extra e irá abrir edital para contratação emergencial de funcionários de enfermagem para conseguir cumprir com o calendário previsto.

“Conforme o calendário for seguindo e a entrada de novos grupos iremos nos adequar com as novas contratações e estendendo o horário de atendimento nos postos de vacinação, inclusive à noite e em final de semana”.

A supervisora relata que as informações são muito restritas tanto do Estado como da União. “Nós não recebemos as notas técnicas da vacina, que especifica quem e como deve ser vacinado, as restrições da medicação e os efeitos adversos que a dose pode causar”.

Ela ressalta, entretanto, que essa “indefinição” deve-se por falta de aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que não tem uma vacina aprovada no País.

Mas Kátia diz confiar na experiência da equipe de saúde que está habituada a participar de campanha de vacinação e que o Comitê está articulando com múltiplos setores para que as forças sejam a favor de uma vacinação tranquila e eficiente.

INFRAESTRUTURA – A Segurança Pública, Trânsito e Serviços Públicos vão atuar na segurança das doses e no transporte do medicamento, espaço para ponto de vacinação e logística de distribuição. “A Saúde já conta com 12 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 23 equipes de Saúde da Família (USF). Iremos usar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Aracy como um ponto de vacinação e ainda articulamos com os hospitais privados como a Santa Casa e a Unimed e público como o Hospital Universitário (HU) para montarem postos em suas unidades para atender a população, sempre separando as pessoas saudáveis de quem vai buscar atendimento por estar doente”.

A FESC (Fundação Educacional São Carlos) e a universidade Unicep estão na lista de locais como possíveis pontos de vacinação.

Kátia explica que a primeira fase de vacinação para o profissional de saúde contará com a colaboração dos hospitais como é habitual. Cada entidade pública e privada faz a vacinação da sua equipe, geralmente, com ação interna coordenada pelo Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (Sciras) ou órgão equivalente.

DOSES E ESTOQUE – O volume de doses no primeiro lote que os governos estadual ou federal irão enviar para São Carlos ainda é uma cógnita até para a Vigilância Epidemiológica. Mas como em outras campanhas, as doses chegam semanalmente ao município e são distribuídas aos postos de vacinação. A exemplo da vacinação contra a gripe, a cidade recebeu mais de 43 mil doses de vacina.

No calendário estadual, até o momento, apenas os grupos de profissionais de saúde e idosos acima de 60 anos estão contemplados. Por ora, não há a informação que outros grupos possam entrar no calendário de vacinação pública.

“Eu acredito que essa campanha irá acontecer durante todo o ano com a inclusão de outros grupos de diferentes faixas etárias”, afirmou Kátia.

Indefinição

Ponto-chave para o sucesso da vacinação é a informação

A comunicação certeira na campanha publicitária para informar quem deve procurar os postos de vacinação é um dos pontos-chave elencados pela Kátia para evitar o conflito na rede pública.

Segundo ela, a informação formal ainda precisa ser consolidada pelo Estado ou Ministério da Saúde. “Ainda aguardamos o acordo entre estado e união para saber qual pano iremos seguir”. Apesar de já se ter um calendário estadual a Vigilância Epidemiológica está trabalhando com o plano nacional a tiracolo e a possibilidade de se antecipar todas as fases de vacinação em aproximadamente cinco dias.

Contudo, Kátia explica que muitos pontos continuam abertos. Exemplo é a falta de informação sobre qual sistema de notificação irão usar para informar o governo quantas pessoas já foram vacinadas no município.

A nota técnica institucional que mostra como deve ser aplicada (via de aplicação da vacina) com a definição clara dos grupos e etapas de vacinação, as contraindicação e recomendação para adiar a aplicação e ainda como proceder quando os eventos adversos surgir com a aplicação da dose.  “Temos de ter isso detalhado e definido já que é uma vacina nova e ninguém tem experiência”, ressaltou.

CAMPANHA – Sem as definições da nota técnica a campanha publicitária da vacinação se mantém no compasso de espera. Segundo Kátia, essas são informações primordiais para os esclarecimentos à população.

Entretanto assim que as definições forem tomadas, o município irá divulgar “amplamente” o como será realizada a vacina em São Carlos.

Questionada sobre se o prefeito Airton Garcia (PSL), de 72 anos, poderia ser o garoto propaganda da campanha, Kátia afirmou que será uma ótima imagem a ser explorada para incentivar a população a se vacinar.

Garcia recebeu em outubro, na eleição municipal, 54.573 votos (48,88%) dos votos válidos.

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