São Carlos têm duas escolas que são referências em inclusão social
São Carlos dá mais um exemplo para o Brasil e se consolida como
terceiro município em qualidade em educação no país. As Escola
Municipal de Educação Básica (EMEB) “Dalila Galli” e o Centro
Municipal de Educação Infantil (CEMEI) Ida Vinciguerra, ambas
localizadas no Jockey Club, na Zona Norte da cidade, são referências
nacionais em inclusão, com grande destaque no atendimento a
estudantes com deficiência auditiva.
São os resultados
positivos do Programa Educacional Inclusivo Bilíngue, realizado em
parceria com o Departamento de Pedagogia da UFSCar. O programa recebe
alunos de várias regiões de São Carlos e também de cidades
vizinhas.
A instituição de ensino oferece desde 2011, um
projeto piloto que atende várias crianças e adolescentes, na faixa
etária de 3 a 15 anos, que necessitam aprender a Língua Brasileira
de Sinais (Libras), mantido pela Secretaria Municipal de Educação
(SME).
O secretário municipal de Educação, Nino Mengatti
explica que os alunos que recebem orientações sobre Libras são
encaminhadas pelas escolas que frequentam, após uma análise de uma
fonoaudióloga. “Este programa foi criado pelo ex-prefeito Newton
Lima e mantido pelas gestões anteriores. Temos feito um grande
investimento neste programa social que é muito importante”,
explica.
Ele conta que os resultados são tão importantes que
o secretário nacional de Inclusão, Bernardo Goytacazes e a deputada
federal Kátia Sastre que será a relatora do projeto de lei de
inclusão de Libras nas escolas, deram aval e aplaudiram a
experiência de São Carlos. “A nossa experiência servirá de
modelo para o Brasil”.
Ele afirma que o mais importante do
projeto é envolver toda a família. Os resultados têm sido tão
relevantes que estudantes surdos já conseguem ingressar em escolas
como SENAC, SENAI e Instituto Federal de São Carlos.
A
coordenadora pedagógica da Pasta de Educação, Silmara Seneme Rui,
afirma que os estudantes que têm os problemas com audição já são
encaminhados para as duas escolas. “As crianças com surdez são
educadas em dois idiomas, sendo a primeira língua Libras e a segunda
a Língua Portuguesa”. No contraturno as escolas também realizam
palestras e oficinas para difundir a linguagem de Libras para toda a
comunidade.
As pessoas adultas que tenham a necessidade de
aprender a língua de sinais para ingressar no mercado de trabalho
também podem procurar a SME e serão orientadas.
Em São
Carlos, o projeto conta com intérprete de LIBRAS e professores
bilíngues. O projeto abrange a Educação Infantil e o Ensino
Fundamental (1º a 9º ano), respectivamente nas Unidades Escolares:
CEMEI Profª Ida Vinciguerra e EMEB Profª. Dalila Galli, ambas
localizadas no bairro Jockey Club.
Outras informações-
Secretaria Municipal de Educação: Rua Conde do Pinhal, nº 2017,
Centro. Telefone: (16) 3373-3222.