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São Carlos tem gastos de R$ 4 milhões com alto custo e internações

29/12/2015 23h03 - Atualizado há 8 anos Publicado por: Redação
São Carlos tem gastos de R$ 4 milhões com alto custo e internações

Dados da Secretaria Municipal de Saúde mostram que a administração apresenta gastos de R$ 4 milhões anuais com medicamentos de alto custo, internações compulsórias e próteses. O secretário Marcus Petrilli afirma que a soma deixa de contemplar ações coletivas relacionadas à saúde e compromete o fornecimento de outros medicamentos.

Somente com os medicamentos fornecidos por determinações judiciais, os gastos representam R$ 1,036 milhão. Os medicamentos mais solicitados por pacientes na Justiça são os de combate ao câncer.

Outro dado que chama a atenção pelo alto valor é o Canabidiol, substância à base de maconha. Uma ampola com 10 ml custa, em média, R$ 1,8 mil, mas pode chegar a R$ 2,5 mil com os impostos. Cada dose dá para uma semana de tratamento.

“São recursos extraorçamentários que oneram o município e dificultam cada vez mais as nossas ações. Nós temos uma lista grande de medicamentos padronizados, que poderiam ser substituídos por medicamentos convencionais, mas temos de atender às determinações judiciais”, afirma Marcus Petrilli.

“Infelizmente, as determinações da Justiça trazem dificuldades para o nosso planejamento, que é primordial para as ações relacionadas à saúde”, complementa o secretário de Saúde.

MAIS PROBLEMAS – Além dos custos fora daquilo que é previsto no Orçamento, na semana passada os pacientes que dependem do fornecimento de medicamentos de alto custo sofreram com a falta no estoque, que é de responsabilidade da Diretoria Regional de Saúde de Araraquara.

A professora aposentada Eliane de Lúcia reclamou da demora no atendimento e da falta do produto. “Sou a senha 208 e está no número 180 e pouco. Os funcionários não têm culpa, porém era preciso que se verifique a situação, pois muitas vezes quando chega na pessoa o remédio não está disponível. Existe gente de idade em pé, faz quase 3 horas para ouvir que o remédio não está disponível”, criticou.

Outra pessoa que aguardava para retirar medicamentos era Alcir Martins. Ele era a senha 207 e disse que talvez quando chegasse na sua vez, poderia ouvir que o remédio que estava buscando não estaria disponível. “Tenho que aguardar muito tempo para tentar pegar o remédio”, afirmou.

Já a dona de casa Maria Helena reclamou da demora. “Comecei a pegar remédio aqui faz pouco tempo para a minha mãe e toda vez que venho aqui demora bastante, espero de duas a três horas”, assegurou.

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