Servidores da UFSCar voltam ao trabalho
Nesta terça-feira, 28, os técnico-administrativos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), voltam às atividades regulares nos três campi: Araras, Sorocaba e São Carlos, terminando assim, oficialmente a greve que durou 78 dias.
O acordo entre a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) e o Ministério do Planejamento foi ratificado na sexta-feira, 24. Em assembleia realizada ontem na pró-reitoria da universidade os membros do comando de greve e os coordenadores gerais do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Universidade Federal de São Carlos (Sintufscar) anunciaram aos servidores o fim da paralisação e detalhes do acordo que prevê o reajuste de 15,8%, fracionado até 2015, e incentivos à titulação.
O coordenador geral da Sintufscar, Sérgio Pinheiro Nunes, explica que a partir de hoje os técnico-administrativos voltam à reposição de trabalho atrasado e não dos dias parados. Nenhum trabalhador terá que repor horas aos finais de semana ou feriados. “Sabemos que há um acúmulo de serviço e no decorrer deste ano teremos que colocar tudo em dia, restabelecendo a normalidade. Com certeza o primeiro mês será de muito trabalho”, diz Nunes.
Segundo o coordenador, a classe volta à normalidade do trabalho, mas não deixará de lutar pelas demais reivindicações não atendidas.
“Nós continuamos mobilizados, permanentes a nossa luta. Esse acordo não implica que não voltemos a negociar, uma vez que sabemos da probabilidade da disparada da inflação e do aumento da arrecadação da atividade econômica do país. Caso isso ocorra voltaremos à mesa de negociação com o governo para rever os índices”, explica Nunes.
Sobre os representantes do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) rejeitarem a proposta do governo e decidirem continuar a greve, Nunes ressalta que cada categoria tem a suas reivindicações específicas e sabe das suas necessidades.
“A nossa categoria entendeu que o acordo não foi dos melhores, mas foi o mais razoável e que permanecer em greve após o dia 31 de agosto faria com que a classe amargasse o ano de 2013 sem nenhum reposicionamento nem das perdas inflacionárias e nem dos incentivos a qualificação” comenta o coordenador.
Além do reajuste salarial, outras reivindicações foram atendidas como a revisão dos índices de incentivos de capacitação e qualificação dos técnico-administrativos. Para as que não foram atendidas como a racionalização dos cargos, reposicionamento dos aposentados e a democratização das universidades, foram criados grupos de trabalhos. “Além da pauta nacional existe também na universidade uma pauta interna que está em discussão com a reitoria. Continuamos negociando com o governo como sempre fizemos, através do diálogo”, diz Nunes.