26 de Abril de 2024

Dólar

Euro

Cidades

Jornal Primeira Página > Notícias > Cidades > Tecnologias made in São Carlos podem contribuir em acidentes como o da Bacia de Campos

Tecnologias made in São Carlos podem contribuir em acidentes como o da Bacia de Campos

29/11/2011 16h06 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Tecnologias made in São Carlos podem contribuir em acidentes como o da Bacia de Campos

Duas empresas de alta tecnologia do pólo de São Carlos (SP) possuem projetos e equipamentos que podem contribuir em dois aspectos relacionados ao acidente que resultou no derramamento de óleo no mar na região da Bacia de Campos (RJ). Um dos projetos auxiliaria na detecção de vazamentos em zonas profundas do oceano. Já o outro equipamento poderia ser utilizado para dar maior agilidade e diminuir custos nas operações para mapear a extensão da macha de óleo no mar, assim como sua evolução até atingir as praias dos litorais dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, numa extensão que pode atingir do Arraial do Cabo até Ubatuba.

Explorar petróleo em grandes profundidades é tarefa para poucas empresas no mundo. Exige tecnologia de ponta e pesquisas complexas que levam anos e consomem grandes recursos financeiros e humanos. A Asel-Tech, empresa a ser instalada no Parque Eco Tecnológico Damha, em São Carlos (230 km de São Paulo), está desenvolvendo um projeto pioneiro no País sobre um novo sistema para detecção de vazamentos em mangueiras umbilicais, aquelas instaladas em equipamentos submarinos para prospecção de petróleo e que atingem profundidades de até 3 mil metros. O diferencial é a tecnologia 100% nacional e que conta com investimentos de R$ 6 milhões junto a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). No caso do incidente no Campo do Frade o vazamento não foi exatamente numa mangueira umbilical, mas num poço que uma empresa petrolífera estava perfurando. “Nesse c aso em específico, o vazamento poderia ter sido detectado por equipamentos de ressonância acústica e antes que o óleo vazasse para o mar. Esse equipamento que já existe no Brasil através de parceria com uma empresa da Noruega e emite um aviso em caso de vazamento, para que medidas anti-vazamento sejam tomadas, evitando, por exemplo, desastres ambientais”, alerta o pesquisador Júlio Alonso, da empresa Asel-Tech.

“Já o nosso sistema, que detecta vazamentos nas mangueiras umbilicais e em grandes profundidades, começou a ser desenvolvido no mês passado e levará de um ano e meio a dois anos para ficar pronto”, revela Alonso. Segundo ele, oobjetivo em desenvolver essa tecnologia no Brasil, fornecendo para empresas nacionais e estrangeiras que atuam na exploração de petróleo na camada do Pré-Sal, “é gerar empregos e trazer divisas para o País, além diminuirmos a dependência de produtos de alta tecnologia nesse setor que é estratégico para o desenvolvimento do Brasil”.

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x