“Temos cerca de 10 mil araucárias no município”, diz araucarista
Típica da região de São Carlos, a araucária já chegou a cobrir cerca de 4% do território do município. A sua existência e presença marcaram não apenas a geografia, mas também a história da cidade, em nome e símbolos: a designação “Pinhal” dada à sesmaria e posteriormente à cidade, bem como o brasão e a bandeira do município são prova disso.
Num esforço de resgatar a memória da árvore, Nelson Miguel Maffei (que se define como ‘araucarista’) criou o Projeto Araucária, que tem como um dos objetivos o plantio de mudas de araucária na cidade. Segundo ele, atualmente são cerca de 10 mil exemplares no município: “Cada um tem que ter a responsabilidade de cuidar do ambiente, e a araucária é um mote, é um patrimônio do qual ainda não tomaram conhecimento. É uma espécie que tem cerca de 250 milhões de anos”, diz.
“O Nelson sempre deu muitas mudas de araucária para auxiliar no plantio do Parque Damha II, cerca de 100. No golfe foram plantadas também”, diz a engenheira agrônoma Lavínia Casale, que trabalhou no plantio das árvores na região do Dahma. Segundo ela, foram plantadas em todo parque cerca de 500 mudas.
Ela afirma: “De 10 árvores, 4 morrem. É uma taxa muito alta de perda. Ela é de clima bem ameno, e de alta altitude. E como a temperatura do mundo está aumentando, as plantas sentem”, explica.
Segundo Nelson Maffei, as mudas são adquiridas junto a Fundação Florestal da Secretaria de Meio Ambiente do Estado: “Sempre conseguimos as mudas, mas este ano, infelizmente, ainda não conseguimos. Recebemos informação do Mauro Castex, gestor da fundação, dizendo que os viveiros estão reformando”.
Foi o senhor Nelson Maffei, um dos que se esforçaram para instituir o Dia da Araucária, que desde 2004 é comemorado no 25 de abril, próximo da Festa do Clima. Ele também entrou em contato com a então ministra do Meio Ambiente, e ajudou a instituir o Dia Nacional da Araucária, comemorado no dia 24 de junho.
“Para comemoração nacional, este ano estamos preparando um gibi que conta a história de uma semente de araucária. Esse gibi tem como público as crianças e vai ser distribuído”, diz o araucarista, apaixonado pela árvore desde criança.
