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São Carlos tem primeiro casamento homoafetivo

02/06/2012 08h52 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
São Carlos tem primeiro casamento homoafetivo

Aconteceu no último dia 31 de maio a primeira conversão de união de estável para casamento de homossexuais em São Carlos. As companheiras Camila de França de Conti, 28 anos, e Vanessa Maria Graneiro do Prado de 32, ganharam após oito meses de espera, do Tribunal de Justiça de São Paulo a autorização do casamento a partir do principio da igualdade social.

Nada mudou no Código Civil e na Constituição Brasileira que não permitem o casamento de pessoas do mesmo sexo. E por essa razão o casal teve o pedido negado pelo Ministério Público e pelo Juiz Corregedor do Fórum de São Carlos. Mas sem desanimar e muito menos desistir, Vanessa e Camila entraram com recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo para conquistar o mesmo direito que outros casais já conseguiram em outras cidades brasileiras. Agora, só aguardam a averbação do processo.

Daniel Corrêa Destro, oficial Substituto do Registro Civil do 2º Subdistrito, declarou que antes do caso das parceiras, outros casais também procuraram o cartório para oficializar o casamento, porém, aguardaram o caso de Camila e Vanessa para prosseguirem com o processo.

Camila se diz feliz e segura pela conquista do processo e espera que essa luta ganha sirva de incentivo para outros casais homossexuais. “Nós temos bens e patrimônios, projetos e objetivos, queremos seguir juntas oficialmente casadas. Afinal é o nosso direito”, fala Conti.

Camila e Vanessa estão juntas há seis anos e ambas sempre tiveram o apoio de familiares e amigos. “O respeito sempre foi dado por eles e por nós a eles. Nossa advogada Zélia Maria Evaristo Leite e o cartório também foram muito importantes no andamento do processo”, ressalta Camila.

Destro confirma também que no dia 2 de junho dois casais já confirmaram a ida no cartório para darem entrada ao processo e no próximo dia 4, mais três casais estão marcados.

Para o futuro, Camila tem mais projetos, o principal é constituir uma família adotando e gerando um filho por inseminação artificial. Para adoção não haverá problema, ela já fez o curso e deu entrada na lista de espera, agora é só aguardar, pois o processo é normalmente demorado.

Conti explica que a realização do casamento será simples, sem festas por causa dos custos, porém, será uma data sempre lembrada com comemoração. E deixa seu recado a todos os casais homossexuais que querem oficializar o casamento, “Não desistam, corram atrás e lutem pelo seus direitos, pois não somos diferentes de ninguém”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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