UFSCar – Reitoria diz que não forneceu cadeados para trancar laboratórios
A reitoria da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) emitiu comunicado, no início da noite de sexta-feira, desmentindo o que considera como “boatos” as informações de que daria suporte “à prática de fechamento dos edifícios de aula teóricas, inclusive com o empréstimo de correntes e cadeados”.
“Ainda que nos pareça inacreditável que tenhamos de desmentir afirmação tão sem cabimento, somos obrigados a mais uma vez lamentar essa prática de disseminação de informações inverídicas com o único e exclusivo objetivo de causar ainda mais controvérsia em um contexto de instabilidade e tensão crescentes”, escreveu a reitoria na nota.
No entanto, a informação que circula pelo campus é confirmada por alguns estudantes. “Na assembleia falaram que os cadeados para o trancamento dos laboratórios são da Prefeitura Universitária (PU). Uma notícia dessa dá a impressão que a reitoria é conivente com os acontecimentos”, disse Flávia Salmázio.
No entanto, a UFSCar esclarece que a orientação que a PU oferece às equipes de zeladoria é que “busquem cumprir o previsto na contratação desse serviço, ou seja, a abertura e fechamento dos ATs, entrega das chaves aos docentes, verificação de problemas com equipamentos e comunicação de eventuais problemas à Divisão de Serviços Gerais. Assim, a tentativa de abrir os ATs está sendo feita todas as manhãs, sem sucesso”.
MEDIDAS – Ainda de acordo com a reitoria, não há condições de manutenção dos edifícios abertos sem o uso de “medidas de força”, que o comando da universidade quer evitar. “Assim, na ocorrência do impedimento de acesso ou de constrangimentos à execução dos serviços mencionados, as equipes são orientadas a não entrarem em conflito direto e, não podendo permanecer no local, a fecharem as portas, uma vez que são responsáveis pelo patrimônio existente nos edifícios”.
A UFSCar ratifica que o fechamento de laboratórios não condiz às práticas democráticas de debate.
“Reiteramos também nosso respeito histórico aos movimentos de luta de todas as categorias que compõem a comunidade universitária, sem qualquer tipo de diferenciação, e nossa disponibilidade para a construção de soluções negociadas junto a todas elas, como inclusive temos feito junto aos estudantes neste momento”, conclui. A Universidade deve realizar amanhã, às 15h, uma Assembleia Geral, que discutirá a greve na universidade.