Universidades desenvolvem aplicativos para celular
Os alunos do curso de Imagem e Som da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realizam estudos e pesquisas que analisam e criam ferramentas eletrônicas que podem ser instaladas em celulares com acesso à internet. Já o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), da Universidade de São Paulo (USP), abre o minicurso “Introdução ao Desenvolvimento iOS” na semana que vem para interessados em criar aplicativos para a plataforma tecnológica usada pelo iPhone.
Os trabalhos da UFSCar são desenvolvidos pelo Grupo de Estudos em Mídias Interativas em Imagem e Som (GEMInIS), coordenado pelo professor do Departamento de Artes e Comunicação da Universidade, João Massarolo.
O tema ganha ressonância no meio acadêmico com o avanço da integração entre computadores, internet, telefones celulares e outros dispositivos móveis que facilitaram o cotidiano das pessoas, pois permitiram o acesso a uma gama de informações e serviços de comunicação. Hoje é comum verificar os dados da conta bancária ou ler notícias atualizadas na tela de telefones celulares.
O acesso à internet pelos dispositivos móveis, como tablets e iPhone e até telefones celulares mais simples, permitiu o desenvolvimento de novas ferramentas que facilitam desde a compra de ingressos para um show até a localização de endereços.
O curso proposto pela Computação da USP São Carlos, mesmo sendo aberto à sociedade, necessita que a pessoa tenha um conhecimento básico de computação. Nele, os alunos terão a base da tecnologia do iPhone e a partir daí informação para criar aplicativos que poderão chegar ao mercado.
O uso de aplicativos já é uma realidade que pode ser comprovada como, por exemplo, o que proporciona interação com a Virada Cultural Paulista que acontece no próximo final de semana na capital e dias 19 e 20 em São Carlos.
Toda a programação está disponível no aplicativo e o usuário pode escolher os lugares aonde quer ir pelo local da apresentação, pelo artista ou pelo gênero musical. Além disso, é possível se agendar e compartilhar a programação escolhida nas redes sociais e sincronizar os eventos com a agenda do celular.
Poucos mercados são tão promissores quanto o de aplicativos para celulares e tablets. Até 2015, a produção e comércio desses programas devem bater cifras astronômicas que variam entre US$ 25 bilhões e US$ 38 bilhões em todo o mundo, segundo estimativas da consultoria internacional Forrester Research.
De acordo com o professor Massarolo, o uso desses aplicativos já faz parte do cotidiano de muitas pessoas que não dependem mais do computador de mesa para acessar informações e serviços disponibilizados na internet. “Aquela época que íamos a uma sala de computador para acessar a internet já é do tempo dos nossos avós. Hoje, a gente não precisa esperar chegar em casa para ver um e-mail ou saber das notícias”, explica.
Para o professor, a utilização de aparelhos móveis tornou o processo de comunicação mais dinâmico e facilitou o acesso à informação. “Os aplicativos proporcionam a leitura de uma notícia ou o recebimento de um e-mail, independente de onde as pessoas estão. Todos esses serviços estão disponíveis em tempo real e de uma forma muito mais imediata do que os antigos portais”, afirma.
