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Verão: Maior demanda aumenta preço de sorvetes em 16,41%

17/01/2012 11h24 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Verão: Maior demanda aumenta preço de sorvetes em 16,41%

A partir de dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, constatou-se que diversos produtos, consumidos principalmente durante o verão, apresentaram maior alta de preços no acumulado de janeiro a dezembro de 2011 se comparados ao mesmo período de 2010. Dentre os itens estão sorvete (16,41%), cerveja (13,79%), refrigerante e água mineral (7,62%) e academias de ginástica (8,26%).

Segundo Fabiano Martins, dono de uma distribuidora de bebidas, todo final de ano, devido ao aumento na procura, a cerveja, por exemplo, sofre um reajuste no preço. “Aumenta o volume de vendas das empresas e aproveitando isso, eles aumentam o valor da bebida e depois não abaixam mais. Fora isso, os impostos de bebidas também estão mais altos e nós temos que repassar esse valor ao produto. O problema é fazer com que os clientes entendam isso”, afirma.

No entanto, muitos consumidores não vêem esse aumento como um peso no orçamento. Apesar de o chope vendido em bares, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais ter apresentado alta de 10,67%, o estudante de engenharia civil Fábio Soares, por exemplo, não deixa de consumi-lo. “Beber uma cervejinha é um momento de descontração ao lado dos amigos. Não é porque o preço está um pouco mais alto que eu vou deixar de tomar algo que me dá prazer”, relata.

A professora Eliana Neves, 46, frequenta a academia de ginástica todos os dias e reserva 10% do seu orçamento para arcar com os gastos. Porém, ela conta que, independente do reajuste que o serviço sofra, continuará poupando a quantia para poder usufruir da satisfação que realizar exercícios físicos lhe traz. “Prefiro gastar com a minha saúde do que comendo, bebendo, comprando cigarro. Além de me manter feliz, eu cuido do meu bem-estar”, declara.

O economista José Luiz Francisco explica que o aumento da demanda de mercadorias sazonais permite ao comerciante utilizar-se de um recurso chamado precificação, ou seja, o montante cobrado pela empresa por um produto ou serviço que o consumidor está disposto a pagar. “A forma mais inteligente de o comerciante traçar estratégias de precificação é perceber o quanto seu cliente está disposto a pagar pelo produto do qual poderá usufruir”, esclarece.

Segundo ele, saber o real valor do item, o quanto aquilo pode ser essencial na vida de quem vai comprá-lo, é o diferencial do mercado. “      É pensar e agir de uma maneira estratégica como uma tática para se calcular os preços de venda. Isso faz com que o comerciante aumente as vendas e tenha e lucros maiores”, finaliza Francisco.

 

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