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Arte de boteco: esculturas feitas a ferro e fogo

10/11/2019 00h01 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Arte de boteco: esculturas feitas a ferro e fogo Fotos: Marco Rogério

Quem passa pela Avenida Cônego Albérico no Bairro São Carlos 8 se surpreende com a cena que observa no número 12 daquela via. No local está o Bar do Borelli e na sua calçada algumas esculturas feitas em aço chamam muito a atenção.  
O empresário José Carlos Borelli conta que há cerca de um ano desenvolveu o hábito de trabalhar com sucata para fazer trabalhos artísticos.  “Vi na casa de um primo meu algumas esculturas em aço e tomei gosto pela coisa. Comecei a separar sucatas e as transformei em esculturas de aço”.
Ele ressalta que já elaborou cinco esculturas entre balcão, robô músico, um cão, duas motos e outro robô. “Faço isso por hobby e porque gosto mesmo. Quis fazer algo diferente. Muita gente vem aqui para tirar fotos. Recebo muitos clientes da região e até da capital que vem conhecer o bar”.
O comerciante não sabe calcular quanto custou cada trabalho, mas avisa que não estão à venda. “Não tenho ideia de valor, pois são peças de reciclagem. Eu compro os eletrodos e soldo tudo. É tudo sucata que transformo em arte. Já teve freguês que me ofereceu R$ 3 mil por uma escultura, mas elas não estão à venda. Muita gente curte mecânica, motos e robôs”.
Em tempos de redes sociais, o estabelecimento de Borelli segue a vontade do freguês. “O pessoal reúne no whatsapp e combina algum evento e aí a gente faz para atender esta clientela. Às vezes querem promover uma noite do pastel ou um karaokê, uma tarde da feijoada e por aí adiante. Geralmente atendemos às famílias e o pessoal com mais de 40 anos. O pessoal que frequenta meu bar ama as bandas os Anos 80 e 90”.
O local tornou-se um point de grupos de motociclistas. A fachada do bar é enfeitada por uma moto de verdade. Existem, no local, duas “falsas” motos. Uma delas está em outro ponto da fachada e a terceira, também feita de sucata, serve como balcão.
Através das redes sociais, os grupos se comunicam e promovem encontros no inusitado local. Todo o espaço tem cara de rock in roll, mas é democrático.  Aceitam-se outros ritmos. A música ao vivo rola aos finais de semana e por lá também passam cantores de samba, pagode, sertanejo e etc.

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