Balotelli faz a diferença para Itália, mas precisa de foco, diz técnico
Mario Balotelli é uma arma que pode levar a Itália “até a lua”, mas se não se concentrar ele terá que ser trazido de volta à Terra, disse o técnico italiano, Cesare Prandelli, nesta quinta-feira, 19.
O jogar deve, novamente, encabeçar o ataque italiano no jogo contra a Costa Rica em Recife na sexta-feira, e ambos os times brigarão pelo primeiro lugar no Grupo D após terem estreado com vitória na Copa.
Os frequentes desempenhos inexpressivos do atacante do Milan fazem com que ele continue a dividir as opiniões sobre se merece continuar entre os melhores jogadores.
Mesmo assim, mostrou valor na vitória de 2 x 1 sobre a Inglaterra na semana passada ao reverter um desempenho apagado em um gol que decidiu a partida.
“Se olharmos para os últimos quatro anos, há vezes em que ele foi nossa arma, o homem que nos levaria à lua, e, dois meses depois, ele já não era mais o mesmo jogador”, disse Prandelli em uma coletiva de imprensa, com Balotelli ao seu lado.
“O que é importante é que se concentre. Se ele conseguir fazer isso por 90 minutos, então ótimo, se não teremos outra pessoa para substituí-lo.”
“Ele pode ser decisivo e importante, mas ele precisa dar 100 por cento”, completou.
A ironia foi que, enquanto Prandelli colocava seus argumentos, Balotelli parecia distraído e seus olhos estavam dirigidos para outro lugar.
O atacante havia, anteriormente, descrito como todo o furor da Copa do Mundo não havia afetado seus nervos, e como ele, que geralmente é considerado esquentado, estava conseguindo permanecer frio.
“Estou experimentando esse momento com grande paz de espírito”, disse. “Eu não sinto nenhuma pressão, nada do tipo”.
Embora a ansiedade não estivesse afetando o atacante, o clima brasileiro e o horário do próximo jogo, às 13h, claramente desagradaram o técnico.
Ele havia anteriormente reclamado sobre a ausência de pausas para se refrescar no jogo contra a Inglaterra, vencido por 2 x 1 e disputado na sufocante Manaus. E Recife não deve oferecer mais refresco aos atletas.
“Parece que tudo permanece o mesmo”, disse, quando questionado se a Fifa voltaria atrás e permitiria as pausas.
“Até onde eu sei, as equipes sul-americanas têm uma vantagem, porque seus jogadores vivem e trabalham nestas condições e sua explosão é diferente da dos Europeus. Europeus são mais resistentes, mas menos explosivos”.
Sobre os jogadores lesionados de sua equipe, Prandelli disse que o goleiro Gianluigi Buffon pode retornar à equipe titular, após ficar de fora da primeira partida por conta de uma torção no tornozelo, mas a decisão final será tomada até sexta-feira.