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Bares e locais de exibição do Mundial reforçam a segurança na África

09/06/2014 15h53 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Bares e locais de exibição do Mundial reforçam a segurança na África

Guardas revistam clientes e bolsas no Kyadondo Bar, em Campala, Uganda, exatamente quatro anos depois que militantes detonaram explosivos em um campo do lado de fora, matando dezenas de torcedores que assistiam à final da Copa do Mundo em um telão.

 

O grupo de pessoas é pequeno e os ânimos contidos, mas Edmond Twebembere não quer deixar o medo sobre a segurança estragar sua noite. “Eu adoro o lugar, talvez demais… Então, apesar do quão assustadora a história é, eu decidi vir”, disse o jogador de 32 anos de idade. “Eu ainda posso morrer em outro lugar.”

É essa a atitude que ajudou o Kyadondo a se recuperar. Mas uma série de ataques mais recentes demonstram a vulnerabilidade de milhares de locais onde multidões de africanos vão se reunir para torcer na Copa deste ano.

“Ataques contra locais de exibição dos jogos já começaram antes da Copa do Mundo… e é provável que continuem mesmo após a final em 13 de julho”, escreveu o analista de riscos Robert Besseling, em um relatório divulgado nesta segunda-feira.

Na África Oriental a principal ameaça é o al Shabaab, um braço da al-Qaeda que está matando civis para punir seus governos pelo envio de tropas para confrontar seus combatentes na Somália. Do outro lado do continente, na Nigéria, uma outra ameaça vem do movimento islâmico Boko Haram.

 

FUTEBOL “ANTI-ISLÂMICO”

Para ambos os grupos islâmicos, os locais de exibição vão oferecer mais do que apenas um lugar para o encontro público com pouca segurança.

A combinação de futebol e, muitas vezes, o álcool é para eles a manifestação final da influência ocidental corruptora. “Há uma crença comum entre os grupos, incluindo o Boko Haram, de que assistir aos jogos de futebol é anti-islâmico … Alguém que participe de eventos que não se alinham com a sua visão é potencialmente um alvo”, disse o analista Roddy Barclay, da Control Risks.

A lembrança dos atentados em Uganda ecoou por todo o continente na semana passada, quando supostos militantes islâmicos detonaram um carro-bomba que matou 18 pessoas que assistiam a um jogo na televisão em um centro no nordeste do estado de Adamawa, na Nigéria.

 

O Exército da Nigéria emitiu um alerta nacional para reforçar a segurança. A polícia de Uganda disse que impôs novas “normas rígidas” para locais que vão exibir os jogos ao vivo.

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