Ciclo de palestras mostra como a ciência contribui para a economia e a vida dos cidadãos
A primeira atividade do ano de 2015 no Museu da Ciência Mário Tolentino será um ciclo de palestras que tem como objetivo mostrar à população as contribuições que o estudo das ciências pode proporcionar as pessoas. Não se trata apenas de enriquecimento material, mas o contato com essa área do conhecimento pode melhorar a vida de qualquer um.
Foi com esse intuito que surgiu a parceria entre a equipe do Museu e os pesquisadores do Instituto de Estudos Avançados (IEA) Polo São Carlos da USP, Núcleo de Apoio à Pesquisa em Software Livre (NAPSoL), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP. A programação está prevista para começar no próximo dia 5 de março, quinta-feira, o Ciclo de Palestras Ciência e Riqueza Social.
Este ciclo acontecerá a cada quinze dias, sempre as 19:30 no Museu da Ciência Mário Tolentino. Estão escalados nomes de peso e impacto no cenário da ciência nacional para mostrar as pesquisas que estão sendo desenvolvidas e os benefícios que podem trazer ao cotidiano e à sociedade.
Como o propósito é estimular uma ampliação do contato dos cidadãos com a ciência, o expectador pode se acalmar, pois as palestras previstas serão proferidas através de uma linguagem simples e fácil de ser entendida pelo público em geral. Os interessados podem contar também com muita interação entre a comunidade e o pesquisador.
Na palestra inicial, um dos cientistas mais respeitados da cidade já está confirmado para este bate papo com a população. O professor Sérgio Mascarenhas falará sobre sua mais recente pesquisa que resultou na palestra “A importância da pesquisa básica e aplicada para o estudo do cérebro”. Paulo Roberto Milanez, coordenador do Museu declara que “A palestra do Professor Sérgio é sempre uma caixinha de surpresas. Este é o único cientista vivo que figura no quadro frontal do nosso museu, na época foi uma unanimidade entre a comunidade cientifica” explica o coordenador.
O Museu de Ciências Mario Tolentino está aberto há aproximadamente dois anos e tem tido uma frequência de visitas grande. Milanez conta que são por volta de 200 pessoas que passam por lá diariamente. “O Museu é lima fonte de conhecimento, por isso estamos ligados à secretaria de educação e somos considerados uma unidade de conhecimento” ainda afirma o coordenador.
A equipe do museu é toda composta por professores experientes da rede municipal de ensino, pois o monitoramento oferecido exige um conhecimento amplo que engloba história, princípios físicos e até paleontologia. São duas exposições permanentes136 experimentos de física e uma exposição de paleontologia. Ainda está disponível para o publico a exposição de ferramentas do campo.
Para 2015, Paulo se mostrou satisfeito com as novas parcerias e convênios que foram firmados com o museu. Uma das novidades é ter um laboratório de química para que as pessoas possam ter contatos com o universo das reações químicas e também algo na área de geologia. Paulo afirma que “nessa área da geologia o processo já está bem avançado, mas ainda não completamente definido”.
Sérgio Mascarenhas – Formado em Física pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e em Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mascarenhas é docente aposentado pela USP e professor visitante em diversas universidades internacionais. Também colaborou na fundação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e na criação do curso de engenharia de materiais nesta universidade, bem como na implantação de cursos de biofísica e física médica do International Centre For Theoretical Physics (ICTP) em Trieste, na Itália. Aos 86 anos, permanece ativo em suas pesquisas e atualmente trabalha em um equipamento não-invasivo para monitorar a pressão intracraniana.
