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Cosplayers: da ficção para a vida real

14/12/2011 11h51 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Cosplayers: da ficção para a vida real

Existem muitas maneiras das pessoas expressarem sua admiração pelos seus ídolos. Talvez uma das mais explícitas e populares nos dias de hoje seja cosplay, que vem da palavra em inglês costume (vestir/travestir) e play/role play (brincar/interpretar). O cosplay é uma prática que consiste em se fantasiar de personagens de quadrinhos, games e desenhos japoneses. A prática também engloba personagens do vasto mundo do entretenimento que vão de cantores até astros de filmes, como, por exemplo, os da saga Harry Potter, Crepúsculo e Jornada nas Estrelas.

Uma das características do cosplay é que, além de praticamente criar os trajes, também interpreta o personagem caracterizado, reproduzindo a personalidade, fala, postura e atitudes. O hobby costuma ser praticado em encontros promovidos pelos próprios integrantes em praças, clubes, cinema, entre outros.

A brincadeira pode parecer um tanto excêntrica e muitas vezes colocada de forma indevida e repleta de estereótipos sobre o perfil daqueles que a praticam. No entanto basta conhecer esse universo mais a fundo para perceber que seus praticantes revelam-se pessoas comuns, que tem um dia-a-dia tão normal quanto qualquer outro. O que as diferencia é sua capacidade de trazer para a realidade momentos e figuras do mundo da fantasia e ficção que causam tanto fascínio entre o público. Ao contrario do que as pessoas pensam os adeptos do cosplay não são pessoas isoladas, elas mostram-se, em geral, serem sociáveis e têm uma boa capacidade de explorar a criatividade e o potencial artístico nas caracterizações.

Mas até que ponto isso pode interferir de maneira prejudicial na vida de uma pessoa? O psicólogo Walter Favoretto conta que se a prática interferir no dia-dia da pessoa pode se tornar um problema. “Quando a pessoa tem uma boa estrutura psicológica isso se torna algo até saudável na vida dela, mas quando passa a interferir e afetar seu dia-a-dia, quando afeta as relações pessoais, se torna prejudicial”, explica.

“Assim como em qualquer área existem as pessoas que são desequilibradas emocionalmente, se acontecer dela querer ser um cosplay na infância, não há problema algum, pois a fantasia faz parte da vida das crianças. Já quando acontece na adolescência é preciso ficar atento, afinal é nessa fase que a pessoa busca por autoafirmação, assim como com os adultos: é importante que a pessoa saiba onde acaba a fantasia e começa a realidade”.

O psicólogo conta que nunca teve um paciente praticante de cosplay. “Não tive pacientes que fossem praticantes de cosplay e estivessem fora da realidade, mas é preciso que, principalmente, os pais observem se o filho não esta querendo desviar sua personalidade ou até usando isso como fuga de algum problema pessoal. Do contrário não há problemas, já que os jovens sentem necessidade em se inserirem em um grupo ou tribo”.

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