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Felipão vê dedicação do grupo atual igual a de 2002

11/06/2014 21h41 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Felipão vê dedicação do grupo atual igual a de 2002
Jefferson Bernardes/Vipcomm
“Essa seleção e aquela de 2002 coletivamente são parecidas”, disse Felipão, durante treino no Itaquerão.

Último técnico campeão mundial com a seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari acredita que o grupo atual tem o comprometimento e a dedicação como semelhanças com aquele time que conquistou o título na Copa do Mundo de 2002, e apontou o atacante Neymar como um dos exemplos.

 

Na véspera da estreia do Brasil no Mundial em casa, diante da Croácia, em São Paulo, Felipão comparou nesta quarta-feira, 11, as duas equipes dirigidas por ele.

“Essa seleção e aquela de 2002 coletivamente são parecidas. Existiu muita dedicação de muitos atletas de modificarem algumas situações táticas para ajudar a seleção em 2002 e essa também é uma seleção que, em determinadas situações, faz algumas coisas diferentes em prol da equipe”, disse Felipão, ao lado de Neymar, em entrevista coletiva na Arena Corinthians, local da partida inaugural.

“Um deles é este que está ao meu lado”, afirmou o treinador, explicando que o forte de Neymar em campo “não é a marcação, mas ele tenta fazer, motiva-se para ajudar a equipe”.

Felipão acredita não ter mudado nos últimos 12 anos. De estilo agregador, o treinador costuma unir os grupos em que trabalha. Não à toa o time de 2002 ficou conhecido como “família Scolari”, definição que o técnico rejeita para o time atual.

“Eu tento ser o treinador que sempre fui, nunca fiz diferente… acho que sou uma mistura de pai, tio, amigo, aquela pessoa que de vez em quando tem que falar um pouco mais alto… e que toma decisões”, afirmou.

Ainda criança em 2002, Neymar disse que o Mundial do Japão e da Coreia do Sul é o que ele tem as melhores lembranças e confessou que imitou o estilo de cabelo “cascão” do ex-atacante Ronaldo, artilheiro daquela Copa. Para ele, é um “honra” trabalhar agora com Felipão.

Principal jogador do Brasil, o atacante do Barcelona, de 22 anos, dividiu as responsabilidades com seus companheiro para a Copa de 2014 e disse que “não joga sozinho”.

Segundo Felipão, Neymar faz isso “com o coração”. “Eu espero que o Neymar seja mais um, que ele, conhecendo como eu conheço, sei que está passando essa mensagem de coração, mas sendo o craque que é, sempre vai fazer a diferença”.

 

“TRISTEZA” POR MORTES NA FAMÍLIA

Após a morte de dois parentes recentemente, Felipão afirmou que o trabalho com o grupo de jogadores da seleção brasileira lhe dá forças para suportar a tristeza.

Na terça-feira, um sobrinho dele morreu num acidente de carro em Passo Fundo (RS), poucos dias depois do falecimento de um cunhado também no Rio Grande do Sul.

“A vida segue. Faz–se aquilo que a gente tem que fazer normalmente e depois seguimos em frente… Eu encontro forças no trabalho deste pessoal, que se dedica, e isso tudo faz com que a gente, mesmo numa situação de tristeza, olhe aquilo de maravilhoso que está acontecendo”, disse.

Antes do início da entrevista, Felipão agradeceu as mensagens de apoio à seleção enviadas pela presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB nas eleições presidenciais de outubro, além dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso.

“A todos esses e a todos os brasileiros eu quero dizer: ‘chegou a hora e vamos todos juntos, chegou o nosso Mundial’”.

Apesar de admitir que está ansioso para a estreia na Copa, o técnico garantiu que não perderá sua noite de sono e fez até uma brincadeira.

“Eu já disse 100 vezes… eu durmo bem. Outras coisas não sei se faço bem, mas durmo bem”, disse ele, revelando que não pensa ainda nos futuros adversários do Brasil depois da estreia com a Croácia. Na primeira fase, o time enfrentará também México e Camarões.

“Eu penso no jogo de amanhã (quinta), como falamos ontem e anteontem… Temos sete degraus (partidas). Não podemos saltá-los. O primeiro degrau é amanhã e depois são mais seis.”

 

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