Grammy Latino valoriza Tiago Iorc, Anavitória e Marília Mendonça na 20ª edição
Já tradicionalmente minimizada nas categorias principais do Grammy Latino, a produção fonográfica do Brasil somente foi premiada nas categorias voltadas exclusivamente para discos e músicas nacionais na 20ª edição do evento, realizada na noite de quinta-feira, 14 de novembro em cerimônia na MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas (EUA).
E os nomes escolhidos nessas categorias brasileiras sinalizam tendência de valorização de artistas ligados ao mainstream do mercado de música pop. Tiago Iorc, que perdeu o troféu de Canção do ano para Pedro Capó, levou prêmio de consolação na categoria Melhor canção em língua portuguesa por conta da música Reconstrução.
A dupla Anavitória ganhou o Grammy Latino de Melhor álbum pop contemporâneo em português pelo disco O tempo é agora (2018). Marília Mendonça ficou com o prêmio de Melhor álbum sertanejo por Todos os cantos, disco ao vivo de conceito itinerante.
Já o troféu de Melhor álbum de MPB foi para Gilberto Gil por conta do sereno disco OK OK OK (2018). Mart’nália ganhou na categoria Álbum de samba / pagode pelo disco (irregular) em que dá voz ao cancioneiro do compositor e poeta Vinicius de Moraes (1913 – 1980).
A banda BaianaSystem ficou com o prêmio de Melhor álbum de rock pelo vigoroso O futuro não demora, mesmo fazendo som que não se enquadra na batida do gênero.
Enfim, dentro das limitadas possibilidades oferecidas pela lista de indicados da atual edição da
premiação, não houve nenhum absurdo ou injustiça digna de nota.
O que jamais esvazia a sensação de que a lista de indicados e sobretudo a de contemplados nas categorias brasileiras do 20º Grammy Latino não reflete a relevância e a diversidade da atual produção fonográfica nacional.
