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Lô Borges, o eterno sócio do Clube da Esquina

04/03/2012 12h53 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Lô Borges, o eterno sócio do Clube da Esquina

Em “Como Nossos Pais”, Belchior dizia que não queria falar do que aprendeu nos discos. Do velho LP às canções baixadas através da internet, os discos ensinaram muita gente. E alguns discos marcaram época. É o caso de “Clube da Esquina”, LP que mostrou ao Brasil vários talentos de Minas Gerais que formaram uma grande constelação musical. Fernando e Flávio Venturini, Beto Guedes, Milton Nascimento, entre outros faziam parte deste seleto time. Entre eles, figurava também Lô Borges, autor de “Sal da Terra”, “Paisagem da Janela” e a “A Via Láctea”.

Salomão Borges Filho, mais conhecido como Lô Borges nasceuem Belo Horizonte(MG) em 10 de janeiro de 1952.  Foi um dos fundadores do Clube da Esquina, grupo de artistas mineiros que marcou presença na música popular nas décadas de 1970 e 1980. É co-autor, junto com Milton Nascimento, do disco Clube da Esquina, de 1972, que se tornaria um marco na música popular brasileira.

Entre suas composições mais famosas destacam-se, entre outras, Paisagem da Janela, Para Lennon e McCartney, Clube da Esquina n.º 2 e O Trem Azul. É considerado um dos compositores mais influentes da música brasileira, tendo sido gravado por Elis Regina, Milton Nascimento, Flávio Venturini e até por ídolos do pop-rock, como Nenhum de Nós, Ira!, Skank e Nando Reis, entre outros. Depois de alguns anos sem visitar São Carlos, Lô Borges esteve no Sesc na última quinta-feira, 1º de março, quando fez seu primeiro show com banda em São Carlos.Antesdo espetáculo ele falou com o Primeira Página.

 

PRIMEIRA PÁGINA – Você que participou do Clube da Esquina, o que representa este movimento musical para a MPB?

LÔ BORGES –  Foi um movimento que deixou coisas boas. Deixo bons discos, boas músicas, boas obras de arte.  Foi um trabalho bacana que foi feito.desde os anos 70 e hoje cada um levando sua carreiraem frente. O interessante é que as pessoas continuam curtindo e cultuando o álbum Clube da Esquina, que neste ano completa 40 anos.

 

PP – Como você vê a música daquela época, como era possível fazer boa música pregando amor, paz e também fazendo críticas à ditadura militar?

LÔ BORGES – Era uma época complicada de se trabalhar, porque a censura ficava em cima demais. Mas, de qualquer forma a gente conseguia fazer a nossa arte sem se preocupar com a censura, é verdade que muitas vezes lançando mão de metáforas, mas passando a nossa mensagem.

 

PP – Tinha algo de socialismo utópico no Clube da Esquina? Vocês falam em “repartir melhor o pão”, “sonhei outro mundo” e outras..

LÔ BORGES – Eram coisas pertinentes naquele momento, idéias que pregávamos naquele momento. Era o que combinava com o que pensávamos e com o país que vivíamos naquele momento.

 

PP –  Qual sua opinião sobre todo o sucesso de Michel Teló com músicas de baixa qualidade?

LÔ BORGES – Sinceramente eu não conheço. Não sei o que este rapaz faz.

 

PP – E como você vê o estágio atual dos “sócios” do Clube da Esquina, como Milton,. os Irmãos Venturini, Beto Guedes e os outros…

LÔ BORGES – Cada um está fazendo seu trabalho, cada um na sua praia, segundo sua carreira. Eu estou seguindo a minha e espero que cada um siga a sua da forma mais inspirada possível…

 

PP – E você, como está a carreira?

LÔ BORGES – Estou fazendo o que sempre fiz na vida: música. Gravei quatro discos em oito anos. Estou no meu quarto disco de inéditas, este agora se chama “Horizonte Vertical”. Estou fazendo discos e músicas, o que sempre fiz.

 

PP – Qual a temática que te inspira hoje em dia?

LÔ BORGES – A vida mesmo. A relação das pessoas… Não há nada especial, é o day by day

 

PP – O Leone costuma falar que o rock dos anos 80 era crônica. A MPB é crônica?

LÔ BORGES – Música é crônica também. A música tem várias maneiras ser construída. Cada um tem sua linguagem, cada música, inclusive, tem sua linguagem, pois a temática de uma não é como a outra. É tudo, então, muito variado e rico.

 

 

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Marcelo
Marcelo
12 anos atrás

Na boa, que perguntinha mais sem vergonha a n°4:
PP – Qual sua opinião sobre todo o sucesso de Michel Teló com músicas de baixa qualidade?

Pergunta nas ruas quem é Lô Borges,e vê quantos sabem?
Se o Michel Teló tem o sucesso que tem, é pq o povo gosta.
Poupe-nos dos seus ACHISMOS.

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