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Matuto Moderno lança novo álbum em São Carlos

31/01/2013 11h36 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Matuto Moderno lança novo álbum em São Carlos

Com ritmos como a moda de viola, o cururu, o recortado, o pagode de viola, o catira e a folia de reis, que são os alicerces do trabalho da banda Matuto Moderno, o grupo lança nesta quinta-feira, 31, no Sesc São Carlos seu mais novo CD, “Matuto Moderno 5”, onde os músicos mantêm sua principal característica com uma postura e sonoridade modernas, mais rock e mais caipira também, levando muitos jovens a conhecerem a música de raiz que até então era considerada coisa antiquada. O show será a partir das 20h e a entrada é franca.

 

Em 14 anos de carreira, a banda Matuto Moderno – formada por Ricardo Vignini, Marcelo Berzotti, Ricardo Berti, Zé Helder, Edson Fontes e André Rass – lançou quatro discos e se apresentou em alguns dos mais importantes palcos do Brasil, tendo participado dos mais representantes eventos de viola caipira. A banda sempre incorporou elementos elétricos e eletrônicos em suas canções, porém sempre manteve um amplo contato com a cultura popular e os artistas da música de raiz.

Sobre como fazem para unir músicas pesadas do heavy metal com melodias interioranas, o violeiro co-fundador da banda, Ricardo Vignini, diz que a fusão dá certo devido ao fato de que o começo de tudo foi através da música rural. “Os avôs dessas músicas são os mesmos, a música caipira. Lá fora o blues, aqui a música de viola. Os públicos, por mais estranho que possa parecer, são bem semelhantes em suas personalidades”.

Ricardo conta como foi o processo de criação do disco “Matuto Moderno 5”. “No começo de 2011, decidimos que gravaríamos nosso quinto álbum em um local isolado no meio do mato e ao vivo, como nossos ídolos dos anos 1970. Escolhemos a casa da família do Zé Helder que fica entre Pedralva e Maria da Fé, Minas Gerais. O local seria perfeito. Poderíamos tocar dia e noite, sem incomodarmos e sermos incomodados. Foram seis meses de ensaios, preparando arranjos. Não queríamos usar metrônomo e nem overdubs em nenhuma música, simplesmente tocar”.

“Até que o pior aconteceu. Na manhã do dia 28 de julho, Mingo Jacob, nosso percussionista guerreiro e membro fundador do Matuto Moderno, deixou-nos. Na noite anterior, fora nosso último ensaio. Foi um dos dias mais terríveis de nossas vidas. Ficamos perdidos sem saber o que fazer, mas decidimos tocar o projeto em frente. Para encarar essa árdua missão, convidamos o percussionista Carlinhos Ferreira, amigo de longa data da banda”, conta Ricardo Vignini.

Após a decisão de retomar as gravações do disco, os membros da banda finalmente concluíram o trabalho. Segundo Ricardo, a banda ficou mais rock e mais caipira ainda. “Eu só toquei minhas violas guitarras, quase sempre distorcidas, enquanto o Zé ficou com a acústica, dando uma sonoridade única. Todas as faixas são de nossa autoria. Espero que público curta esse álbum da mesma forma que a gente curtiu”, finaliza Ricardo.

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